terça-feira, setembro 30, 2008

España, más corrupta que ayer...

O país da cunha

«Portugal é o país dos pequenos e médios favores. Fazem-se a troco de um qualquer outro, no futuro. Não vem de agora. São estes pequenos favores que criam teias de poder. Aquele poder subterrâneo que, como a economia subterrânea, vive paralelamente à sociedade. As cunhas e os favores fazem, há muito, parte da cultura nacional. Não começaram na CML nem no IPO.

Não começaram no tempo em que era quase sempre pertencer à União Nacional ou, antes, ao Partido Republicano, para conseguir um bom emprego. A "cultura do favor" nasceu, com a mesma típica bondade e desprendimento, com os portugueses dizem que "dão um jeito". A cultura da cunha é a do desenrasca, pelo qual somos elogiados em todo o mundo. A cunha é uma ilusão óptica: é o gesto pelo qual alguém acredita que vai receber algo de borla. O favor será sempre pago, com juros, ou com uma outra cunha, mais acima. Quem recebe, sempre pagará. Silenciosamente, é claro. A cunha e o favor tornaram-se os motores da nossa sociedade. Corroeram-na e, por isso, o rigor é algo que muitas vezes é impossível de pedir a alguém. Porque a sociedade portuguesa vive num equilíbrio de favores. Se um favor não for correspondido com outro, o país cairá, como um castelo de cartas. O país do favor é silencioso. Todos sabem, mas ninguém diz. E ninguém se sente incomodado por ter sido beneficiado por algum favor. Porque olham à volta e perguntam: quem é que não foi? O problema é que esta cultura necessita de ser erradicada. Para se criar um país decente


Fernando Sobral
[in Jornal de Negócios, 29.09.2008]

Genesis - "No son of Mine"

segunda-feira, setembro 29, 2008

Tropic Thunder: ¡Una guerra muy perra!


Tropic Thunder: ¡Una guerra muy perra! es una comedia dirigida y protagonizada por Ben Stiller que ha arrasado en la taquilla americana. Con el concurso de Jack Black y Robert Downey Jr., Stiller cuenta la historia de un grupo de actores que se traslada a las selvas del sudeste de Asia para rodar el film bélico más caro de la historia. Sus egos y sus manías, pues se juntan intérpretes prestigiosos con estrellas en decadencia, hace que los gastos se disparen. Pero el director se niega a cancelar el rodaje y se interna más en la jungla, con el resultado que la panda se encuentra con auténticos guerrilleros que desconociendo la actividad cinematográfica los toman por soldados de verdad, lo que les obliga a actuar en consecuencia.

Más que un contingente de actores muy conocidos (con "cameos" de Tom Cruise y Tobey Maguire), esta película es una crítica evidente al mundo del cine de Hollywood que va desde el ego de los actores, al seudointelectualismo de los directores y al egoísmo e hipocresía de los grandes productores. No cabe duda que es una película que va más allá de la simple comedia a que Stiller nos acostumbró. El personaje de Downey Jr. Es genial…

Mudos de Asombro II: Tesoros del Cine Escandinavo y Centroeuropeo (1920-1930)


Esta não é publicidade enganosa...

Esta não é uma publicidade qualquer! Para além do valor dos seus criativos, não se trata de uma publicidade enganosa (como já nos acostumámos!), é um produto verdadeiro, o amor. Amor esse que, de facto, não precisa de olhos para se manifestar...

quinta-feira, setembro 25, 2008

El cuerpo canta

El cuerpo canta;
la sangre aúlla;
la tierra charla;
la mar murmura;
el cielo calla y el hombre escucha.

Miguel de Unamuno

"O Medo"


Há já algum tempo que queria publicar esta fotografia no nosso blog, mas só agora encontrei o recorte de jornal. Mereceu um prémio "World Press Photo". Já está um pouco fora de época, mas vale a pena recordar o trabalho estupendo deste fotógrafo.

Late night posts... Velha Infância...

Tive vários mestres ao longo da minha vida. Ainda tenho e acredito que sempre terei, até que a minha aventura por este fascinante, e por vezes aterrador, mundo termine. Quase todos me marcaram, me ajudaram a crescer, a imitar o seu legado ou, simplesmente, a ignorá-lo. Quem disse que aqueles com os quais não nos identificamos não nos podem ensinar bastante? Creio que foi com esses que mais aprendi, principalmente a dizer uma das palavras mais difíceis na vida de um ser humano: não.

Mas não é sobre esse tipo de mestria que hoje aqui escrevo (quem sabe errado em linhas certas e formatadas informaticamente). Creio que cedo despertei para um dos meus principais prazeres, diria mesmo para uma dos meus vícios, a leitura. Era bastante criança quando, no pátio da minha infância, onde os tremoçais eram selvas imaginárias, cenário de batalhas militares (épicas mesmo, pelo menos no meu imaginário) infantis que me deram uma certa noção de bem, mal e, principalmente, de camaradagem (gosto mesmo desta palavra!), conheci o meu mais “pequeno” mestre. O “vizinho João”.

Vizinho porquê? Este termo já parece da idade média, pois na terra onde nasci é comum tratar as pessoas que vivem cerca de nós por vizinhos, algo que tende a desaparecer mas denotava muito respeito e afecto, pois de quem não se gosta nunca tem este título, quase à maneira do “sir” inglês, de “vizinho”.

João era vizinho da minha avó e, apesar de não viver aí, apropriei-me da sua vizinhança. Embora a nossa tenra idade, eu com menos de uma dezena e o meu irmão de sempre, o Rui, apenas cruzara essa fasquia há pouco tempo, fosse bem evidente, desfrutávamos bastante da companhia deste amigo, para quem o seu nanismo era inversamente proporcional à sua personalidade e bondade. Foram eternos os serões em que, apesar de nada saber desse “grande livro” que é o mundo, o “Vizinho João” nos educava para temas tão diversos que iam desde a história universal até ao eterno sofrimento benfiquista (curiosamente não havia nada de ordinarices e palavrões que sempre foram uma constante na minha vida). Sempre de igual para igual, com um respeito e maturidade que nenhum de nós tinha, mas, hoje, regressando a essas horas, a esses minutos, na sua companhia, não parece real… éramos demasiado novos. Como pudemos falar sobre tais temas? Eram serões de conversas e debates sobre um mundo que nem na escola sonhava que existia…

Para estas perguntas não existem respostas. Sinceramente a nossa infância não precisa de respostas, foi uma boa infância e o que é certo é que ambos, eu e o meu “mano” (o meu verdadeiro irmão, cujo código genético, apesar de diferente, será eternamente irmão), vivemos esses serões sentados num lancil de passeio humilde, num operário bairro, de um Alentejo que viverá em nós até ao derradeiro dia.

Não sei porque me recordei deste homem. Apenas estava aqui sentado e queria escrever… e ao escrever voltei a casa… voltei.

"Society"

Oh it's a mystery to me.
We have a greed, with which we have agreed...
and you think you have to want more than you need...
until you have it all, you won't be free.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.

When you want more than you have, you think you need...
and when you think more then you want, your thoughts begin to bleed.
I think I need to find a bigger place...
cause when you have more than you think, you need more space.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.
Society, crazy indeed...
I hope you're not lonely, without me.

There's those thinkin' more or less, less is more,
but if less is more, how you keepin' score?
It means for every point you make, your level drops.
Kinda like you're startin' from the top...
and you can't do that.

Society, you're a crazy breed.
I hope you're not lonely, without me.
Society, crazy indeed...
I hope you're not lonely, without me
Society, have mercy on me.
I hope you're not angry, if I disagree.
Society, crazy indeed.
I hope you're not lonely...
without me.


"Society" written by Jerry Hannan

quarta-feira, setembro 24, 2008

Apenas um Poema

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.


Eu amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.


Amo-te e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.


Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso amo-te quando não te amo,
e por isso amo-te quando te amo.

Pablo Neruda

terça-feira, setembro 23, 2008

"No Coments"...


Estou chocado. Ultimamente cada fez fico mais chocado... Por terras do tio Sam, uma tal de Sarah Palin é uma fervorosa defensora da lei e do lobbie das armas. O fenómeno já não é exclusivo dos EUA e Columbine pode ser em qualquer ponto do mundo dito moderno...
Chego a casa da escola e leio isto:

HELSINKI (Reuters) - Un estudiante mató el martes a tiros a varios estudiantes en un centro de formación profesional en el oeste de Finlandia antes de suicidarse, dijeron las autoridades locales.
El autor del tiroteo, un estudiante del colegio local en la localidad de Kauhajoki, estuvo disparando dentro del edificio durante un tiempo antes de suicidarse, dijo la policía.

"Ya no está libre. Se ha suicidado", dijo a Reuters el alcalde, Antti Rantakokko.

"Varios han muerto", dijo Rantakokko, añadiendo que no sabía la cifra exacta. "La situación ya ha terminado".

El personal de rescate fue incapaz de ayudar mientras el estudiante seguía disparando en el edificio, dijo el coordinador del equipo de rescate, Kari Saarinen, jefe médico en el Hospital Senajoki, a unos 60 kilómetros de Kauhajoki.

Los hospitales de la zona estaban en alerta máxima, añadió. Aunque dijo no estar seguro del número de víctimas, señaló que creía que había varias, algunas heridas y algunas muertas.

El tiroteo recordó el registrado el año pasado en el instituto finlandés de Jokela, donde el estudiante Pekka-Eric Auvinen mató a seis compañeros, a la enfermera del centro y al director después de grabar sus intenciones en un vídeo en YouTube.

Auvinen se disparó y falleció posteriormente como consecuencia de sus heridas.

Rantakokko dijo que el caso de Kauhajoki recordaba al de Jokela.

"En Internet hay cierta información, hay analogías con el caso de Jokela", declaró.

Una búsqueda en YouTube produjo cuatro vídeos grabados por un usuario denominado Mr. Saari, que dijo que tenía 22 años y vivía en Kauhajoki. Los vídeos, de entre 20 y 32 segundos, muestran a un hombre vestido de negro o de oscuro, disparando en un campo de tiro.

El perfil de usuario de YouTube incluía las palabras: "Y de repente hubo una guerra y las madres gritaron. Por venganza y represalias por otra guerra".

Kauhajoki es una localidad de 14.000 personas situada en la provincia de Finlandia Occidental y forma parte de la región de Ostrobothnia del Sur.

Como podemos ficar indiferentes? Como?

segunda-feira, setembro 22, 2008

Um poema de Rui Knopfli


SEM NADA DE MEU

Dei-me inteiro. Os outros
fazem o mundo (ou crêem
que fazem). Eu sento-me
na cancela, sem nada
de meu e tenho um sorriso
triste e uma gota
de ternura branda no olhar.
Dei-me inteiro. Sobram-me
coração, vísceras e um corpo.
Com isso vou vivendo.



Alguns dados sobre Rui Knopfli.


quarta-feira, setembro 17, 2008

Em que ponto estamos?

Ontem estava a ler o jornal ABC quando me deparei com uma crónica interessantíssima sobre o que se passa na nossa actualidade global e económica. Em tom de introdução o cronista dizia que um amigo seu diz, com rasgos de humor, que Wall Street tem enormes arranha-céus para que, quando há crises e consequentes “crashs”, existam suficientes janelas para aquela malta capitalista poder dar o derradeiro salto mortal.

Felizmente, não foi isso que aconteceu com a falência do já centenário “Lehman Brothers”. O que vimos através dos media foi uma imagem tipicamente americana do ex-empregado a abandonar o seu antigo local de trabalho munido das tão simbólicas caixas de papelão.

Há quem diga que a história tende a repetir-se e, como essa disciplina fascinante nos ensina, já tivemos duas crises financeiras, curiosamente, nos meses de Outubro de 1929 e, anos mais tarde, em 1987. Por enquanto ainda estamos na segunda metade do mês de Setembro e já não se falam de prenúncios, fala-se abertamente de crise financeira, faliu o “Lehman Brothers”, o estado americano teve de intervir na “AIG” e, apesar da crise com o leite em pó, a China tem todas as condições para se impor ainda mais como o verdadeiro “gigante asiático” e fazer, como vi num cartoon, uma “OPA”, à maneira do “Ti Belmiro”, à economia ocidental, em particular aos EUA.

Qual será a saída? Teremos uma nova mudança de paradigma? Imergirá uma nova potência? Teremos mais climas de guerra fria? Lá por terras russas as coisas não andam muito bem e uma Sr. Condoleezza “Arroz” já afirmou que a Rússia está votada a “isolamento e irrelevância”… Não sei se já pensou que este país (com todo o seu passado) faz parte das novas economias emergente, as ditas BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)?

O que é certo é que o cinema já não é mudo, que já não se dança o “fox trott” (prefere-se o Hip Hop), e de loucos estes anos continuam com o consumismo que chegou bem mais tarde a outros países que não os EUA.

Não sou economista, estou longe de poder apresentar soluções, no entanto, e se a história não me engana, este tipo de crises são muito propícias para que, a pouco e pouco, nos comecem a tirar a liberdade e, nós, cidadãos, simplesmente aplaudimos…

Por enquanto ainda é possível olhar para trás e aprender com os erros, mas parece-me que as tão simbólicas caixas de papelão, que antes mencionei, ainda podem ser úteis para algum recém-tornado sem-abrigo.

O que por aqui se vai ouvindo...


Se existe uma boa maneira de prestar tributo à carreira de um artista, sem dúvida, esta é uma delas. Este álbum compila os melhores êxitos de Sérgio Godinho em duo com outros grandes nomes da música portuguesa e brasileira. A capa fala por si só.
É difícil para mim escolher a favorita, mas tenho sempre um enorme prazer em ouvir a "Lisboa que Amanhece".
Se alguém tiver o álbum "Domingo no Mundo" agradecia muitíssimo que me fizesse uma cópia (legal, claro!), pois tinha isso em k7 e já não sei o seu paradeiro...

"LÍNGUA - VIDAS EM PORTUGUÊS" DE VICTOR LOPES

"No fundo, não estás a viajar por lugares, mas sim por pessoas"

Mia Couto

"Não há uma língua portuguesa, há línguas em português"

José Saramago

"Língua - Vidas em Português" é um documentário de 105 minutos co-produzido por Brasil e Portugal e filmado em seis países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão). Dirigido por Victor Lopes, o longa-metragem é um mergulho nas muitas histórias das língua portuguesa e na sua permanência entre culturas variadas do planeta. Em "Língua", a lusofania é sobretudo fala, surpreendida do cotidiano de personagens ilustres e anônimos de quatro continentes. Em cada um deles, o português amalgamou deuses, melodias, climas, ritmos. Misturou-se aos alimentos e às paisagens. Foi reinventado centenas de vezes e alimentado por sucessivas de colonizadores, imigrantes e descendentes.

Em Portugal e Moçambique, no Brasil e em Goa, desenham-se os quadrantes de uma herança portuguesa, sempre surpreendente e permanentemente renovada. Acompanhando as trajetórias de seus personagens, e ouvindo suas experiências e sensações, suas memórias e esperanças diante do futuro, o documentário reproduz o movimento de uma língua que ganhou o mundo e que refaz seus caminhos na expectativa de se reencontrar.

Por isso, o filme é um documentário permanentemente em trânsito. Ao entrar e sair da vida dos personagens, o filme desvia-se das suas rotas cotidianas para encontrar cerimônias, casais, locais de trabalho, esquinas e paisagens, traçando retratos reveladores da cultura de cada um dos países visitados.

Entrevistados: José Saramago, Mia Couto, João Ubaldo Ribeiro, Martinho da Vila e Madredeus.

in:http://www.almacarioca.com.br/lingua.htm

Despidos en Galicia - No Coments

La imagen vale más que mil palabras.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Bestiario

El pasado viernes estuve en mi pueblo alentejano, mi ciudad natal Évora y me alegré mucho con una actuación de un grupo de teatro extremeño, el Teatrapo, con su espectáculo de calle titulado 'Bestiario', que dio alegría y color a las calles de esta ciudad que últimamente no tiene muchas actividades culturales. Hay que congratular y aplaudir la organización y los artistas que, con muy pocos apoyos, tiran para adelante con muchas dificultades.

Es con mucho placer que veo mi Alentejo enamorado de mi Extremadura y con verdaderas relaciones culturales y artísticas…

S. António perdeu a cabeça, mas não o menino

O Papa "Rato Zingão" voltou a condenar o divórcio (após ter estado com o Presidente Sarkozy e com a sua Bruni), gastou mais latim para convencer as suas ovelhas que grande parte do que sai das bocas do Vaticano está de acordo com um mundo que pouco ou nada tem a ver com o que se passa neste planeta. Enfim, ele tem de cumprir o seu papel, mesmo que, provavelmente, a esmagadora maioria dos católicos estejam nas tintas para o que ele afirma.
Mas, numa fonte de Leiria, já S. António perdeu a cabeça há muito tempo, e não foi por a malta, conotada com as músicas dos "Village People", vir casar a Espanha ou a outros países que lhes reconheçam direitos de cidadãos completos. Há testemunhas que afirmam que, cada vez que o "Santo Padre" fala, este Santo (que ainda não sabe se há-de ser de Lisboa ou de Pádua) treme com o menino nas mãos... é preciso ser santo...

Quando mija um português, mijam dois ou três...


Portugal é um país de grandes obras. Verdade. Não são só os maiores centros comerciais, pontes, barragens e feijoadas, pois para que tais infraestruturas tenham condições dignas (e de acordo com a cartilha da ASAE), boas casas de banho são fundamentais!
Esta fotografia não foi tirada em nenhum desses sítios, mas sim num restaurante, à beira da estrada nacional, na terra de D. Sebastião José de Carvalho e Melo, vulgarmente chamada de Pombal.
Foi aqui que comi arroz de tomate e peixe frito (enfarta brutos), regado com aquilo que o empregado de mesa chamou "tintinho da América". Ora adivinhem lá!? É claro, o vinho que o Pai Natal bebe todos as épocas festivas!!!
O restaurante era grande, mas a sua grandiosidade tem mais que ver com o facto de albergar 12 urinóis do que com o seu real tamanho!

Sentado na morte, tento a sorte...

Não sei qual será o verdadeiro significado, o que é certo é que a traseira deste camião remete-nos para o perigo que é conduzir por essas estradas fora...
Ainda bem que tinha o meu telemóvel e pude guardar esta situação tão peculiar para publicar neste nosso blog.
O meu lado infantil, impregnado de influências de bd, fez-me logo pensar que era um camião radioactivo e tudo o que poderia acontecer em caso de acidente... eu que ia atrás não me importava de tornar um Daredevil (sem a cegueira, mas com a Elektra!)...

domingo, setembro 14, 2008

Paralimpicos Pt

Apenas uma nota. Se me permitem, uma pequena nota de grandes dimensões.
Apenas, simplesmente, um OBRIGADO aos nossos atletas.
Aos mais pequenos, menos notados.


Obrigado por serem os melhores, por nos darem sempre mais e mais medalhas.
P.S – Desculpem a falta de notoriedade, de serem noticia, “A” notícia de abertura do horário nobre das televisões.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Destination Unknown

Belíssima fotografia de Pedro L. Cuadrado.

A banda desenhada nas ruas de A Corunha

Como lembrança de uma semana de férias n' A Corunha, e a coincidir com o "Salón del Cómic", o nosso "senderista" e amigo Pedro enviou-nos algumas fotografias do Spiderman, do Batman e do grande Corto Maltese, tão bonito ao pé do mar, no Aquário d' A Corunha. Obrigado amigo e desculpa pela tomada de liberdade que tive ao publicar estas fotos de tua autoria.
Fotos: Pedro L. Cuadrado

quinta-feira, setembro 11, 2008

El remedio a la crisis - Más de la mitad de los empresarios nunca se había enfrentado a una crisis.


"Una empresa de consultoría a nivel nacional, Improven, ha detectado que más de la mitad de los empresarios españoles nunca ha hecho frente a una situación de crisis. Hasta ahora, sólo un 47% de ellos ha tenido que lidiar con contratiempos que hayan requerido la creación de planes especiales de choque. Hoy, con la crisis que nos acecha, muchos empresarios pueden pagar la novatada.

La falta de experiencia siempre trae problemas, y los momentos de recesión no son una excepción. La inexperiencia puede hacer que muchos directivos no sepan cómo actuar frente a los reveses económicos que una crisis trae consigo, y esto puede tener consecuencias muy negativas, que en el peor de los casos pueden llevar a una empresa a desaparecer.

Por ahora, los empresarios españoles están notando los efectos del “ciclón”; a día de hoy, un 77% de las empresas está sumida en la crisis. Sin embargo, hay que recordar que todos los problemas tienen solución. Cuanto antes se defina y se aplique ésta, mucho mejor.

Un líder debe tener claro que la actitud que tome ante este problema puede ser la clave para el éxito o, por el contrario, para acabar en un desastre total. Ante esta situación, los expertos recomiendan mantener una visión optimista y poner en marcha un plan de actuación de un año como máximo. Estos son algunos de los remedios a la crisis:

· No dejar de planificar a largo plazo. Necesitamos soluciones a corto plazo, pero siempre tenemos que mirar hacia delante para volver a conseguir resultados fructíferos en un futuro. La empresa no puede estancarse en la crisis.

· Hay que ser capaces de reconocer los propios errores, pues esto facilitará que puedan solucionarse.

· Gestionar el orden y los costes meticulosamente es vital. No podemos permitirnos el lujo de tener gastos innecesarios en momentos delicados.

· No hay que olvidarse tampoco en este momento de la competencia, porque si se sabe gestionar durante esta etapa mejor de lo que lo hacen sus adversarios, la compañía saldrá fortalecida.

Seguir estos 4 consejos puede resultar muy útil en los tiempos que corren. Sin duda, salir de una crisis es más sencillo cuando uno tiene la experiencia suficiente para esquivar cada obstáculo que aparece en el camino".

Mas, reza a história que, num país ibérico, não sei bem qual, sempre houve formas peculiares de enfrentar crises, reza-se a S. Subsídio, põe-se uma cunha ao padrinho político, espera-se que D. Sebastião marque um golo pela selecção, compra-se um Ferrari para carregar tijolos para uma firma de construção civil, queixam-se no café e furam greves... enfim, tudo isto com um bom telemóvel no bolso (pago a prestações) e com um consumo "topo de gama", enquanto têm uma produção anedótica... Ironia? Pura estupidez colectiva? Fatalismo? Falta de confiança e auto-estima?

Nem sei e já nem tento responder.

"La Saeta"

A caminho de Santiago passei por um Cristo peculiar, partido da tradição, impotente no seu habitual simbolismo, longe de uma instituição de homens... mas forte na sua presença. Ao encontrar tal figura apenas ecoava na minha cabeça um poema de António Machado... Curiosamente, neste local, reza a lenda que morrera um peregrino num "rio de febres"...


¿Quién me presta una escalera,
para subir al madero,
para quitarle los clavos
a Jesús el Nazareno?
Saeta Popular

¡Oh, la saeta, el cantar
al Cristo de los gitanos,
siempre con sangre en las manos,
siempre por desenclavar!
¡Cantar del pueblo andaluz,
que todas las primaveras
anda pidiendo escaleras
para subir a la cruz!
¡Cantar de la tierra mía
que echa flores
al jesús de la agonía,
y es la fe de mis mayores!
¡Oh, no eres tú mi cantar!
¡No puedo cantar ni quiero
a ese Jesús del madero,
sino al que anduvo en el mar!


Antonio Machado

quarta-feira, setembro 10, 2008

Filosofia Callejera...

Por tierras de Camilo José Cela, Padrón.

Os meus herois


João Paulo Fernandes ganhou a medalha de ouro no torneio de boccia (BC1) dos Jogos Paralímpicos, que decorrem em Pequim. O atleta chegou à vitória numa final inteiramente portuguesa, com António Marques a levar a prata.
Fernandes, que já tinha conquistado o título em Atenas 2004, venceu o jogo para atribuição da medalha de ouro, que garantiu desde logo as primeiras medalhas para Portugal, por 8-1 (2-0, 2-0, 4-0 e 0-1). A medalha de bronze foi para o irlandês Gabriel Shelly, que venceu o chinês Yi Wang.
Foi a segunda vez na história dos Jogos Paralímpicos que dois atletas portugueses se defrontaram na final de um torneio de boccia. Em Sydney 2000 José Macedo venceu Armando Costa na categoria BC2.
Estes são os meus herois!!

Podia ser "Sport Lisboa e Redondela"...

Quando pensamos em relações transfronteiriças apenas nos lembramos de aspectos políticos, linguísticos, culturais e económicos. É verdade! É raro darmos o devido valor ao desporto que por vezes temos como algo intelectualmente inferior e longe da importância dos outros aspectos referidos.
Este é um claro exemplo como o desporto pode ser um meio útil e eficaz nas relações transfronteiriças. Veja-se que a galega "Redondela Escola Fútbol Base" conta com a colaboração do clube português (o "glorioso" para mim, mas deixemos clubismos!) do Sport Lisboa e Benfica. É curioso, não é? Nesta zona de influência esperaríamos, quem sabe, o F.C. do Porto ou algum outro clube do norte de Portugal, ou, simplesmente, de nenhuma instituição desportiva lusa.
O futuro está nestas relações amplas, mais completas e, quem sabe, vamos ver o Real Madrid a apoiar o Sport Lisboa e Évora...

Não, não vou por onde vais...


Ainda era muito cedo e a manhã teimava em continuar farrusca, apesar de Agosto já ser ter afirmado a meio do calendário, quando me cruzei, numa fronteiriça Tui, com este senhor a fumar o seu matinal e prazenteiro cigarro. Notei que não seguía o meu caminho... mas, apesar de não nos conhecermos, de ser mais um de mochila às costas e ele sei lá quem, cruzámo-nos uma vez na vida e isso ficou registado numa das fotos que me recordarão sempre o caminho...

terça-feira, setembro 09, 2008

Dreams in Colour

Há muitos anos que conheço este artista oriundo de outra das cidades da minha vida, Leiria. Trata-se do David Fonseca, ex-Silence4, e um dos mais destacados artistas da pop portuguesa, em inglês (e não só), que já conta com três álbuns a solo.

Por acaso, também há muito que queria assistir a um concerto seu desta “gira” e tem sido por pouco que nunca assisti (falta de tempo, não coincidência com as datas…), até à semana passada que, na companhia do meu amigo Gonçalo e da minha amiga Xana, pude desfrutar do seu espectáculo em Montemor-o-Novo.

Valeu a pena a espera e o esforço (após um dia de cansaço) assistir a um espectáculo que me fez voltar no tempo, até aos meus infantis anos 80, e reviver uma estética musical e icónica em que todos podíamos ser não só uma rádio star, mas sim uma “Videostar”! E não fossem os anos loucos do nascimento da MTV!

Creio que se pode constatar o bom ambiente através da minha objectiva que congelou estes momentos em que os sonhos foram coloridos…




Desafio à leitura


UM TESTEMUNHO DE VIDA

No ano passado uma reportagem na TV prendeu-me a atenção; Randy Pausch tinha dádo a sua ultima aula, tinha um cancro e estava em estado terminal, tinha alguns mêses de vida e transmitia uma força a quêm o ouvia como a de alguêm que parecia que tinha nascido de novo para a vida.

À cerca uns mêses nova noticia a comfirmar que tinha socumbido à doença.

Quando fiz anos foi-me oferecido este livro, "A ULTIMA AULA", é um livro que nos prende e que nos faz chegar à conclusão que por vezes os nossos problemas não são nada.


"Todos conhecemos casos de pessoas com cancros terminais que cedem à doença e se preparam para uma difícil jornada até chegar a sua hora. A história de Randy Pausch vem inverter a tendência mostrando ao mundo primeiro através de um vídeo, com mais de seis milhões de visitantes, e depois do livro, como se pode superar momentos que se adivinham fatais. Pausch, professor na Pensilvânia, cumprindo a tradição americana de leccionar a última aula, assim que soube do seu estado avançado de cancro metastático, organizou uma conferência na Carnegie Mellon University, onde perante o olhar incrédulo da assistência deixou um verdadeiro testemunho de vida, pedindo para ninguém sentir pena dele que era decididamente o pior que lhe poderia acontecer. Ao demonstrar o seu pensamento positivo e o forte apelo para encarar a situação da melhor forma possível, o professor deu também exemplos da sua boa condição física, fazendo algumas flexões no decorrer do discurso. O livro baseia-se nesta palestra ministrada em Setembro de 2007, onde Pausch não se debruçou sobre o tema da morte, mas antes sobre a importância de realizar os sonhos da infância e aproveitar cada momento como se fosse o último. A última aula revelou-se assim um legado para o futuro, não só para os seus pequenos três filhos como para todos os que querem encarar a vida pelo lado certo."



«A palestra de Pausch inspirou milhões a seguir o seu exemplo.»USA Today
«Com a clareza de espírito que talvez só uma pessoa que enfrenta a morte pode ter, o livro de Randy Pausch dá-nos a sua receita para uma vida feliz… A sua verdadeira sabedoria consiste em tentar aproveitar cada dia que lhe resta com a família, ao mesmo tempo que tenta prepará-los para uma vida sem ele.»New York Times
«Considero a palestra de Pausch mais útil do que qualquer um dos livros sobre liderança e motivação que vieram parar à minha secretária este ano.»Financial Times

terça-feira, setembro 02, 2008

Um pouco de humor


Pois é, um pouco de humor para começar la rentrée. Portugal e Espanha "de mãos dadas" neste poema do amigo Alexandre O'Neill. Cumprimentos, Luís.


POIS POIS

Sobre o tampo da mesa
Rabo de Cavalo cotovelo-groselha
defronta Patilhas Grisalhas cerveja-cotovelo

Falam de dominguins versus ordoñez
de hemingways na brecha na querela
do assassino mano a mano

Falam a ouro e a sangue no ruedo de mármore

Sob o tampo da mesa
três joelhos conversam roçagantes:
o dele (sarja) entre os dela (nylon).

Rabo de Cavalo está quadrada.
Patilhas Grisalhas então entra a matar.

O sobre e o sob logo se confundem.
Que prometia (olé) o cartaz dele?


(Entre a Cortina e a Vidraça, 1972)