quinta-feira, setembro 30, 2010

"Black Belt Jones"

O que é o Bruce Lee ao lado deste Jim Kelly? Um menino do coro! E que look! Que técnica de pontapé lateral alto até ao joelho! Este homem era uma máquina de dar porrada! Por acaso até participou no "Enter the Dragon" com o Bruce Lee... Melhor que Jim Kelly, só o outro colega negro do "Ninja Americano"! Tinha uma carapinha mais discreta!
Há que revisitar esta gente!!! Só me falta encontrar o "Bruce Leeroy", o "Karateka do Gueto"!

Uh, ah… ¡Qué te pego¡


Mi amigo David, como sabe que me molan las cosas con historia, hace ya un par de años, me regaló un libro del tiempo de los “picapiedra”. Hoy lo he sacado del polvo de la estantería y me apetece divagar sobre él en un post noctámbulo en que mi cuerpo pelea con un insomnio.
Lo que más me gusta de este libro de 1966, pero una 2ª Edición del 73, son las imágenes en que el “sensei” alemán Alfred Hasemeier, un dignísimo 2º dan, ejecuta las “super técnicas” del arte japonés. La portada es un buen ejemplo de la calidad del “sensei”…
Como documento sirve a penas para ilustrar una época en que las artes marciales eran prácticamente desconocidas en Europa, pero también tiene el otro lado, humorístico (fijaos bien en la fotografía otra vez),  que nos hace pensar que el crio del “Karate Kid” de nuestra infancia no era tan malo como pensábamos…  ¡Madre mía!

O que se ouve por aqui..."Sérgio Godinho canta com Os Amigos do Gaspar"

"Asoiopoiotoiomoio" ficará para sempre como uma onomatopeia incompreensível para quem via esta animação lusa, género "marretas tuga", expressa por um manjerico com sentimentos e muitos amigos!
Hoje é o que vai tocando aqui por casa!



É TÃO BOM

Vale a pena ver
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé desembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi
o que quis ver afinal

É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contra
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom para mim e é bom pra quem tão bem me quer

Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e no mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar

Caminhos (I)


São várias as motivações que podem levar alguém a fazer os caminhos de S. Tiago, contudo, penso que serão poucas as pessoas que os realizam por apenas um motivo, estanque e imutável.
Pessoalmente, para mim, era uma ambição antiga, fundada em diversos motivos, vertentes, que se complementam entre si e que proporcionam uma experiencia única e emotiva.
Uma das experiencias que os caminhos proporcionam está relacionada com a vertente turística/ cultural.

Esta vertente ficou vincada na minha memória, pelas paisagens deslumbrantes, pelas vilas, aldeias e pessoas. Curiosamente, a mais marcante foi constatar que o nosso país está à venda, por um preço baixo, acessível – por casas e terrenos de grandes dimensões – mas que pecam pela sua localização: O INTERIOR!
A nossa herança cultural está à venda, ao desbarato, com todas as implicações que acarreta; as casas simples do povo, ou mesmo casas senhoriais com impacto histórico.
Neste aspecto só penso que o interior do nosso país se vende, está disponível para quem estiver interressado.
Vende-se PORTUGAL, interior, perto de Espanha, com terreno anexo, furo e oliveiras – Bom preço!!
Respondem os portugueses – com as condições actuais, nem dado!
E como fica o nosso património histórico e cultural?

quarta-feira, setembro 29, 2010

"Afirma Pereira" de Tabucchi (visualizando, sempre, o rosto de Mastroianni)

A imagem que guardo desta obra, quer literária, quer cinematográfica, é a figura de Marcello Mastroianni a caminhar por entre a multidão na baixa de Lisboa. A primeira vez que me cruzei com o texto de Tabucchi, num verão em que ainda estava nos "teens", não retive o que deveria desta história existencial. Hoje, fruto de um "post" do excelente blog "Cómo cantaba mayo en la noche de enero" do meu grande amigo Pedro, lembrei-me desta capa, desta imagem imortal para o meu imaginário pessoal.

Abordagem da obra por a jornalista Rita Pimenta:

Um homem muda. Apesar da idade e do regime. Pereira é jornalista, vive em Lisboa e bebe limonada. Salazar governa.

Afirma Tabucchi que este é um “romance existencial”. Fala de um homem envelhecido que toma consciência da sua passividade. Corria o Verão de 1938 e Pereira, alheio à realidade política da época (ditadura salazarista, guerra civil espanhola e fascismo na Europa), prossegue impávido

É viúvo, dirige a página cultural — em que é o único redactor — de um diário vespertino, “Lisboa”, e fala com a fotografia da mulher. Menu exclusivo: omolete e limonada.

“Afirma Pereira” foi escrito em 1993 e mereceu dois prémios literários italianos no ano seguinte, Via Reggio e Campiello, e o prémio internacional Jean Monet em 1995.

Sendo indiscutivelmente um romance político, a narrativa de Tabucchi não assume um tom panfletário e prende com facilidade a atenção do leitor, pois é-lhe apresentada como uma espécie de testemunho do protagonista, onde a expressão “afirma Pereira” se vai repetindo.

São quatro as personagens que vão induzir a transformação do católico jornalista: dois anti-salazaristas militantes (Monteiro Rossi e a namorada, Marta), um padre (António) e um médico (doutor Cardoso). O protagonista acabará por escrever um artigo de denúncia que transforma o seu futuro. E assim se afirma Pereira.

Embora no momento da criação da obra a direita e Berlusconi ainda não estivessem no poder, Antonio Tabucchi apercebiase já do regresso dos nacionalismos, da xenofobia e do racismo. O romance retrataria assim uma época (1938-43) cujo ambiente teria alguns pontos de contacto com o que se vive na Europa contemporânea (salvaguardadas as devidas diferenças), explicava o autor por alturas do lançamento do livro.

Antonio Tabucchi, nascido em Pisa em 1943, Itália, conhece Portugal desde os 22 anos e considera-o o seu “país de adopção”. Apaixonado pela obra de Fernando Pessoa, traduziu e dirigiu a edição italiana dos textos do autor.

Para quem não tem memória de ter vivido em ditadura, Tabucchi dá a conhecer através de “Afirma Pereira” a asfixia cultural que então imperava, e o leitor congratula- se com o facto de sempre ter podido respirar livremente.

terça-feira, setembro 28, 2010

"Abre los Ojos" para "Vanilla Sky"



É rara a adaptação, cover ou “remake” que supera o original, e no que diz respeito ao cinema norte-americano ainda pior. Poder-se-ia fazer uma lista de adaptações e “remakes” falhados, alguns até com bons realizadores por trás, como é o caso de Cameron Crowe.
Há quase uma década, em 2001, que foi lançado “Vanilla Sky”, adaptado do original de Alejandro Aménebar “Abre los Ojos”, desta feito com um desfigurado Cruise e não o espanhol, talentosíssimo, Eduardo Noriega (dado a conhecer em “Tesis” do mesmo relaizador).
Recordo-me perfeitamente de ter visto ambos os filmes na mesma época, creio que a versão de Crowe primeiro, e de ter ficado com a impressão de que Hollywood se apropria de ideias brilhantes e, simplesmente, num afã de lucro lhe tira todo o brilho. Claro que na época não tinha o mínimo distanciamento, e discernimento, temporal que hoje nos permite uma análise mais clara e menos preconceituosa.
Esse preconceito, fez-me esquecer que Crowe não é o típico realizador de “blockbusters” e que tem uma qualidade que sempre apreciei no cinema (talvez a tenha apreciado pela primeira vez pela mão de Tarantino, sem me aperceber que fora antes ainda, sob a batuta de Sérgio Leone), a escolha acertada da banda sonora.
Escolher uma canção para sonorizar uma imagem vai para além dos acordes, dá-lhe cor, confere-lhe ritmo e identidade, por vezes torna-a cúmplice de quem a vê. Para mim, a imagem e o som certo conjugam-se harmoniosamente numa gramática e sintaxe de histórias com as quais mergulhamos no verdadeiro entretenimento… pensar por prazer, quando tantas vezes não nos apetece.
O “zapping” tem, inerente a si, o acaso e, este fim-de-semana, deparei-me, quase dez anos depois, com um “Vanilla Sky” que me agradou, que me fez pensar em sequências e consequências da sétima arte. Também me reportou para Dylan, REM e Sigür Rós que acompanharam uma certa época que vivi…
Em suma, despertou-me para uma estética, que lhe confere cor e título, que passou despercebida pela sombra da ideia de Aménebar e que, hoje, volvidos estes anos, me faz pensar que dotar histórias já contadas de “roupa nova” nem sempre é mau…  se tenho meios para melhorar uma narrativa porque não usá-los? Em outros âmbitos esta questão nem sequer se põe, mas no cinema americano a intelectualidade nunca deixa passar isso em claro… Será por isso que Kubrick nunca ganhou nenhum Óscar?

segunda-feira, setembro 27, 2010

“Abrazos”


Há já sete anos que a cidade “extremenha” de Cáceres está embrenhada no projecto de elevar este município património mundial da UNESCO a Capital Europeia da Cultura em 2016. E foi assim que culminou, na passada segunda-feira 27 de Setembro, com apresentação do projecto perante um júri no Centro de Arte Rainha Sofia na capital madrilena.
A decisão ainda não faz parte do domínio público, dado que ainda haverão mais apresentações de outras cidades espanholas, como Burgos, Alcalá de Henares, entre outras, mas o Presidente da Junta da Extremadura já exprimiu a sua satisfação ao afirmar que “pôs-se de manifesto o que queríamos, que se trata de um projecto colectivo, de uma cidade que tem uma região por detrás, de pessoas, de homens e mulheres que estão implicados nele”.
As palavras do representante máximo político da região vizinha espelham uma iniciativa que, de acordo com dados oficiais, teria um orçamento de 60 milhões de euros, sendo que 60% seriam de fundo públicos e o restante de investimento privado, algo que, tendo em conta os investimentos públicos em cultura em época de crise, é de louvar ou estranhar!
Mas este projecto, aqui tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe e camuflado com outras questões que são mais apelativas nos jornais regionais e nacionais, tem como principal argumento a vocação “cacereña” para “abraçar” a cultura dessa realidade além atlântica que é a iberoamérica (tão mal apelidada, por antigos interesses coloniais francófonos, de “América Latina”!).
Este abraço, literal na exposição pública da iniciativa (já que cada vez que um membro do comité de apresentação se dirigia a expor os argumentos “pró-Cáceres” dava um abraço ao membro que o antecedia), também não descurou a vocação europeísta, revisitada na figura do imperador Carlos V, de acordo com a “Alcaldeza cacereña”, e numa apresentação poliglota, cujo conteúdo foi narrado e defendido nos ilustres idiomas de Cervantes, Shakespeare, Goethe, Baudelaire, Chopin, Ionesco e Camões. Pena que ao alto dignitário da Junta da Extremadura calhou o francês, apesar da sua íntima relação com a localidade que o trouxe ao mundo, “a neta de Portugal e filha de Espanha”, Olivença.
Desconheço se existiu algum apoio institucional do lado de cá da raia portuguesa, no entanto, sempre que existem iniciativas desta envergadura (claro que não são tão visíveis como as que estão relacionadas com o futebol e os estádios!) as regiões limítrofes ficam sempre a beneficiar com boas iniciativas que podem ser contagiantes…
A meu ver, uma vez que sinto essa região, do lado de lá da fronteira, um pouco como o meu Alentejo, espero que 2016 seja o ano de Cáceres (que, para os mais desatentos, está a apenas a 95 quilómetros de distância de Badajoz), de uma Extremadura “culturalmente mais visível”, e, quem sabe, algumas cidades da nossa região possam aprender algo com os sete anos que este projecto persistiu até que se concretizasse.

"Lúdicas Latas"


Há para aí algumas editoras a fazerem réplicas de tudo e mais alguma coisa, é o caso da “RBA” ou da “Planeta Agostini”, o que me faz afirmar que existe efectivamente um mercado da “saudade”, ou, melhor, para não ferir o Teixeira de Pascoaes, um mercado de nostalgia.
Não digo que seja uma coisa negativa, apanágio exclusivo das “Cadernetas de Cromos” do Markl, mas algo que será, ou já é, alvo de estudo sociológico porque se trata de um fenómeno digno de analisar com a lupa da ciência.
Este fim-de-semana, com um conhecido jornal português (o de maior tiragem a nível nacional), saiu um suplemento com uma réplica de um brinquedo de lata antigo. É uma miniatura de um “Bugati” (parecido àquele que foi encontrado no fundo de um lago italiano o ano passado e leiloado a preços exorbitantes) da “Payá”, uma conhecida marca de brinquedos espanhola do século passado. De facto, trata-se de uma peça de coleccionismo interessante esteticamente, mas de má qualidade. Tal não se deve ao material de que é feito, mas sim aos acabamentos que atraiçoam esta marca que, afinal, traz gravado na lata “made in China”.
Mas, dado que o fascículo não superava os dois euros, não se pode pedir milagres a uma “lúdica lata” que, anos atrás, fazia as delícias dumas poucas crianças que podiam aceder a este tipo de brinquedos… Vale o que vale, mas não se lhe pode retirar esse mérito histórico.

quinta-feira, setembro 23, 2010

"Sunset Radio"


As ondas hertzianas acompanhavam a maré num pôr-do-sol encoberto por um escaldante Agosto. A estação, pública como deve de ser, emitia opiniões futebolísticas enquanto eu, como um treinador de bancada à beira-mar,  perdia-me em palpites sobre um relvado azul…

Simetrias Felinas

Os gatos tem destas coisas tão graciosas como imprevisíveis. Até para tomarem banhos de sol, os seus movimentos e posicionamentos são regidos por uma ordem quase matemática, geometricamente perfeita...

"O sol agradece,
O ronronar quase inaudível
de uma instintiva simetria felina.”

Colecção "Oriente Secreto"

Foi há onze anos, mais precisamente em Julho de 1999, que me cruzei com este livro, de uma colecção da Europa-América, num quiosque em Aljezur.
O quiosque era ao lado do mercado e muito próximo de um bar chamado "Ponteapé" junto à ponte sobre o rio.
Ainda hoje é para mim um dos melhores livros de filosofia que li, com um especial destaque para o capítulo dedicado à arte, nomeadamente os "haiku". Foi uma surpresa reencontrá-lo e ler algumas das partes sublinhadas por um "gaiato" que nem imaginava de que se tratava o livro.
Numa conversa, daquelas que quando um gajo vai desta para melhor sente muita falat, o meu amigo Pedro perguntou-me se conhecia algum bom livro sobre esta filosofia, na altura não me lembrei deste...
Aqui está uma obra despretensiosa, bem contextualizada, que nos permite contemplar o mundo sem aquelas muletas lógicas ou sobrenaturais a que a nossa matriz cultural europeia nos habituou... porque, efectivamente, "uma montanha, é apenas uma montanha..."

Un anuncio muy interesante…

A pesar de no prestar mucha atención a lo que sale en televisión mu gustan mucho los anuncios creativos como este de una marca de bebidas isotónicas…
“Tu mente necesita librarse” es el slogan y el video no está nada mal, no me imaginaba el camino de Santiago en una cosa de este tipo.

domingo, setembro 19, 2010

Vida nova nos cemitérios?



Fotografia de João Morais em Ansião, vila do distrito de Leiria. Há mais fotografias que valem a pena.



sexta-feira, setembro 17, 2010

Comer relva!!!

Esta foto tirada ao jogador Orion Woodard (dos "Cincinnati Bearcats") durante um jogo da NCAA contra "North Carolina State" pode ser visto como um bom exemplo de dedicação ao jogo!
Como eu gostaria de ver alguns jogadores da equipa da 2ª circular assim...
Talvez não tivéssemos o pior inicio de época da história do SLB... mas isso digo eu que sou barbeiro...

O que se ouve por aqui... 30 Seconds to Mars


Como actor também simpatizo bastante com o Jared Leto (e não tivesse ele participado em filmes como "Fight Club", "Requiem for a Dream" ou, um dos que mais gosto, "Lord of War", como irmão do traficante de armas interpretado por Nicholas Cage), mas devo confessar que gosto bastante da sonoridade da sua banda "Thirty Seconds to Mars".
Ultimamente tenho andado a ouvir este disco "This is War" e não fica nada atrás do anterior "A Beautifull Lie"!
Acho que ganharam para aí um prémio da MTV... não é que eu ligue muito a isso, mas trata-se de uma boa banda e com letras interessantes.

domingo, setembro 12, 2010

Uma bicicleta paulista



Mais uma bicicleta para os amigos dos Senderos. Esta é do brasileiro Paulo Ito, algures em São Paulo. O título é Tela - 2009.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Leonard Cohen hoje à noite no Pavilhão Atlântico

No ano passado coincidiu, de maneira irónica, o concerto de Lou Reed com de Leonard Cohen numa noite que dividiu Lisboa...
No entanto, este cantor canadiano pôde voltar a Portugal e, eu, mais uma vez não posso ir vê-lo...
Fica a velhinha k7 com o seu "best of" que o meu pai achou numa automotora da CP e me trouxe quando eu era adolescente... ainda não compreendia muito bem a sua música mas já me ficava no ouvido (principalmente "Suzanne")... E depois conheci a banda sonora de "Natural Born Killers" e fiquei "à espera de um milagre"...
"Hallelujah"!!!

Grandes versões 2, Israel Kamakawiwo'ole "Somewhere Over The Rainbow / Wonderful World"

Grandes versões 1, "Somewhere Over the Rainbow " Keith Jarrett

quarta-feira, setembro 08, 2010

"Ele e a Bicicleta, a Bicicleta e Ele"

Mais uma da colecção que aqui se tem vindo a publicar. Anónima, como todas as outras, por minha culpa.
Mas note-se bem o estilo! Quem será? Estará ainda vivo? Pela pinta, acho que a foto deve ser dos anos 50 ou 60...

"Ronin" de Frank Miller

A primeira vez que li esta bd, há uns 3 ou 4 anos, não achei que estivesse ao nível de obra-prima que muitos dizem que é. Ainda mais quando dizem que é um marco dos comics na segunda metade dos anos 80.
O traço de Miller também não é dos que mais gosto, no entanto a sua capacidade narrativa é notável e nem merece a pena fazer aqui referência à mesma, já que é um dado adquirido para os seguidores do género.
Mas, apesar da minha decepção de há algum tempo, ontem deitei-me com este livro na cabeceira e reli-o. A sensação não foi a de outrora, ao invés, foi agradável e estimulante... mas continua a estar atrás dos grandes comics que o autor nos habituou.

A Marquesa Casati pelo Barão Adolph de Meyer



Para a colecção de fotografias antigas dos Senderos. Esta é de 1912, mas desta vez não há anonímia, nem da retratada nem do fotógrafo. Ela é uma curiosa personagem, a Marquesa Casati (1881-1957), uma excêntrica herdeira italiana, musa e mecenas das artes a começos do século XX.

O fotógrafo é  Adolph De Meyer (1868-1949) foi consagrado como o principal precursor da fotografia de moda. Nascido em Dresden, filho de pai francês e mãe escocesa, não era aristocrata de origem, mas ja tinha uma vida cercada de luxo e muita cultura. Depois de 1897 foi conhecido como Barão Adolph de Meyer.

Essa cara diz muita coisa, não diz? 



terça-feira, setembro 07, 2010

Zen e a Arte do Tiro com Arco - Eugen Herrigel

Na feira do livro de Santa Cruz abasteci-me de várias leituras que espero poder fazer nos próximos tempos. O que é certo é que cada vez opto por livros mais sintéticos nos quais penso que poderei encontrar coisas do meu interesse.
Este é um dos que me despertou atenção. Estou quase a terminá-lo e com a sensação "zen" que cada vez entendo menos esta filosofia...
Talvez seja essa a sua verdadeira essência, "um não entender"...
Apesar de ter quase 50 anos é uma verdadeira obra sobre o tema e não um embuste tipo "Osho" que os movimentos "New Age" nos tentaram impingir.


Excerto da obra
«Neste livro admirável, o Professor Herrigel, filósofo alemão que veio para o Japão e exercitou a arte do tiro com arco para compreender o Zen, concede-nos um relato esclarecedor da sua própria experiência. A sua maneira de se expressar aproximará o leitor ocidental daquela singular e aparentemente inacessível forma da vivência oriental.»

«Um dos aspectos mais significativos na prática do tiro com arco - e em qualquer outra arte praticada no Japão e provavelmente também noutros países do Extremo Oriente - é o facto de não ter quaisquer propósitos utilitários, nem se destinar à pura fruição estética. Na verdade, representa um exercício da consciência, com o objectivo de a pôr em contacto com a realidade última. Assim, não se pratica o tiro com arco no mero intuito de acertar no alvo, nem se maneja a espada com o fim de vencer o adversário; o bailarino não dança apenas para executar um movimento rítmico: acima de tudo pretende-se harmonizar o consciente com o inconsciente.»

Famous British Battles, Badajoz, 1812


A postcard’s image about the battle of Badajoz, during the peninsular war in 1812. We can find this image at the Portuguese military museum of Vimeiro.