sexta-feira, outubro 29, 2010

Uns quadrinhos de stêvz





Assim é que desenha o brasiliense ou candango Estêvão Vieira, que mora no Rio de Janeiro, e  assina como stêvz. Façam o favor de clicarem neles. Gosto imenso dessa história de uma vida contada através dos pés.

E para ver mais, este é o blogue dele,  Cumulus Absurdum.


quinta-feira, outubro 28, 2010

"Citizen Kane" - Obra Prima



Tive a sorte de conseguir este filme, praticamente de borla, junto com o "El País" há um par de anos e é, indubitavelmente, um grande filme! Aqui vos deixo a cena inicial! Boa noite!

quarta-feira, outubro 27, 2010

Maria João Pires- A Diáspora Portuguesa nas teclas do piano

O que se ouve por aqui: "Maria João Pires performs Beethoven's piano concerto nº 4"


Hoje tenho tido como banda sonora do meu dia a pianista Maria João Pires, de quem já aqui falei em "posts" anteriores. Ao buscar alguma informação sobre a sua biografia, encontrei este video da pianista sob a batuta de Ricardo Castro com a Orquestra Sinfónica da Baía no ano de 2007. Espero que este expoente máximo do piano não se auto-exile de Portugal devido a politiquice, a sua arte está acima de isso!  
Belgais, onde construiu a sua escola e projecto de vida, é aqui próximo da Extremadura, no distrito de Castelo Branco, pode ser que um dia consiga conhecer este local emblemático para a pianista, apesar da mesma já se encontrar radicada no Brasil... mais uma personalidade pouco valorizada dentro das nossas fronteiras.
E veio-me agora à cabeça Jorge de Sena... Onde estarão os nossos "Físicos Prodigiosos"?

Emblema Fiat 127

O restauro do meu velhinho Fiat 127, de 1976, já se vai concretizando a pouco e pouco. Esta é a imagem do símbolo da Fiat antigo e o outro que pude encontrar, ainda e com dificuldade, em Itália. Para alguns era um carro rasca e de pobre, para mim é simplesmente o nosso "Bolinhas" como o meu pai lhe chamava.
Espero, em breve, partilhar convosco algo mais sobre este meu "pequeno prazer" de que vou desfrutando à medida do que é possível. O meu fantástico "clássico popular"!

Défice de Sesta!

De acordo com alguma imprensa do nosso país, o Presidente do Governo de Espanha, José Luís Zapatero, que governa um país cinco vezes maior do que Portugal, aufere menos vinte mil euros do que o seu congénere José Sócrates (já com os 10% de corte previsto pelo OE de 2011).
O que estará na origem desta diferença de soldos? Serão as ajudas de custo e representação? Há quem defenda que sim. Terá algo que ver com habilitações académicas? Não sei. Zapatero estudou na Universidade de León, Sócrates na extinta Universidade Independente. E o que justifica estes vinte mil euros? Perguntar-se-ão como eu.
Tenho um grande amigo, homem sábio, que me explicou o porquê e contra factos não há argumentos!
Tudo reside no direito à sesta! Zapatero pode dar uma “cabeçada” na almofada durante a tarde, enquanto que o pobre Sócrates lá tem de “espertar” à força da cafeína das bicas do bar de S. Bento.
Sinceramente, preferiria a sesta a uns míseros euros. É como um recarregar de pilhas para uma tarde que se pode enveredar por caminhos sinuosos de debates e aprovações de orçamentos.
Em Espanha, esta “excepção tradicional”, aparece, pela primeira vez, no século XIII, em 1220, num documento redigido já em castelhano. “Siesta” é a adaptação da sexta hora romana que correspondia ao meio-dia, típica hora quente, de quebra de energia na qual resulta oportuno mergulhar um pouco no sono.
No entanto, esta ideia de sesta associada ao calor, não é apanágio exclusivo dos “nuestros hermanos”, existindo, quase como uma instituição, em muitos países hispano-americanos, Itália, Grécia e, apesar de José Sócrates não usufruir desse direito, também em Portugal, em especial no nosso Alentejo.
Longe de mim associar sesta a preguiça. Muito menos preguiça a políticos, mas foi no âmbito da política que “esta instituição”, o “partido do João Pestana” chamar-lhe-ia, teve grandes detractores e favorecedores. Remeto-vos para o ano de 1966, quando o Governo do Chile decretou, de maneira oficial e peremptória, a supressão da relaxante sesta, apelidando este de fenómeno anti-social que choca com a ideia de produtividade.
Por outro lado, há quem defenda que é mais importante o trabalho de qualidade do que em quantidade, algo que os defensores da sesta argumentam com paixão. Há, mesmo, um autor alemão que justifica a sesta recorrendo à natureza, talvez a natureza mais privilegiada, pois está no topo dos predadores e não há nada acima dele na cadeia alimentar, o leão. Segundo V.B. Dröscher, o rei da selva é o que mais dorme: vinte horas diárias! Para este animal não há preocupações de género, já que, nas restantes quatro, faz o que lhe apetece, uma vez que são as usas fêmeas as que cuidam de buscar alimento para todos.
Não vou mentir, para mim a sesta, longe de ser anti-social, pouco produtiva ou sinónimo de preguiçosos, é uma necessidade! Até Winston Churchill o atestou, durante toda a vida, com a sua reconfortante e reparadora “cabeçadita” no travesseiro, para grande espanto dos circunspectos ingleses!
Não sei se Zapatero tem uma divisão especial para o efeito na Moncloa, muito menos se o direito à sesta vem descriminado no seu recibo de vencimento, mas nestes tempos de crise parece-me que tem abdicado deste tão tradicional descanso. Por sua vez, José Sócrates, com um semblante cada vez mais pesado, à base de café, merece o direito à sesta para poder trabalhar menos, mas melhor. Note-se que também se pode combater o défice a dormir, poupam-se 20.000€!

segunda-feira, outubro 25, 2010

"Good Will Hunting"

Se pudermos falar de filmes da nossa vida, este é definitivamente um deles. Era ainda um "teenager" inconsciente quando este argumento de Damon e de Affleck me atingiu como se de uma pedrada se tratasse!
Apesar da juventude da personagem de Will Hunting, interpretada por Damon, não foi aquela com a qual se sente uma empatia que levamos para o interior do nosso ser, pelo contrário, a sua visão científica, apesar do toque da rua que a sua infância lhe dera à força, afastava-me da personagem. 
No entanto, o humilde psicólogo, do "Southie", Boston, interpretado brilhantemente por Robin Williams tem um dos melhores diálogos que recordo da história do cinema, diria, mesmo, dos melhores diálogos que alguma vez desfrutei! Caramba! Pode ser lamechas, mas se a "arte" não nos toca para que é que serve? Qual será a diferença entre o quadro no Prado e o extintor ao lado?



 E as pequenas coisas? Não sei porque me lembrei disto? Mas valeu a pena! 

sexta-feira, outubro 22, 2010

Joan Manuel Serrat - Disculpe el señor

 Depois de ler algumas considerações sobre o que é a utopia e alguns "ismos" tradicionalmente do lado esquerdo da barricada, por parte do meu amigo Luís Neves, no blog "SobreTudo e Parca de Verão", recordei-me desta canção e letra de um dos melhores intérpretes e compositores da música espanhola, refiro-me ao catalão Joan Manuel Serrat.
Será mesmo que Karl Marx está morto e enterrado? Será que quem o matou foi um "super-marine" que uma vez eu vi afirmar que os EUA "tinham exonerado o comunismo do mundo"?
Epá, não sei! Mas esta música do Serrat é um bom complemento a esta reflexão...


Disculpe el señor
si le interrumpo, pero en el recibidor
hay un par de pobres que
preguntan insistentemente por usted.

No piden limosnas, no...
Ni venden alfombras de lana,
tampoco elefantes de ébano.
Son pobres que no tienen nada de nada.

No entendí muy bien
sin nada que vender o nada que perder,
pero por lo que parece
tiene usted alguna cosa que les pertenece.

¿Quiere que les diga que el señor salió...?
¿Que vuelvan mañana, en horas de visita...?
¿O mejor les digo como el señor dice:
"Santa Rita, Rita, Rita,
lo que se da, no se quita...?"

Disculpe el señor,
se nos llenó de pobres el recibidor
y no paran de llegar,
desde la retaguardia, por tierra y por mar.

Y como el señor dice que salió
y tratándose de una urgencia,
me han pedido que les indique yo
por dónde se va a la despensa,

y que Dios, se lo pagará.
¿Me da las llaves o los echo? Usted verá
que mientras estamos hablando
llegan más y más pobres y siguen llegando.

¿Quiere usted que llame a un guardia y que revise
si tienen en regla sus papeles de pobre...?
¿O mejor les digo como el señor dice:
"Bien me quieres, bien te quiero,
no me toques el dinero...?"

Disculpe el señor
pero este asunto va de mal en peor.
Vienen a millones y
curiosamente, vienen todos hacia aquí.

Traté de contenerles pero ya ve,
han dado con su paradero.
Estos son los pobres de los que le hablé...
Le dejo con los caballeros

y entiéndase usted...
Si no manda otra cosa, me retiraré.
Si me necesita, llame...
Que Dios le inspire o que Dios le ampare,
que esos no se han enterado
que Carlos Marx está muerto y enterrado.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Made in Okinawa

Divagações à "Freelancer" de divagações

Com um disparador no cinto, o Homem-Aranha conseguia fazer as reportagens fotográficas das suas aventuras no combate contra o crime e vendê-las ao "Daily Buggle", gerido e editado por o seu mais acérrimo crítico, o mal-humorado J.J. Jameson.
Esta ideia soa tão infantil mas ao mesmo tempo repleta de engenho que me deixava "maravilhado" (como aquele homem de um anúncio da "Teleamizade" que já deve ter morrido!) e com o sonho de infância de poder tirar fotografias de ângulos aguerridos e de lutas acrobáticas...
A fotografia tornou-se uma imagem de marca desta personagem da Marvel ao longo dos anos e ajudou muita gente a apaixonar-se por esses engenhos que congelam à base de nitrato de prata ou, actualmente, pixeis a nossa realidade e esses ângulos que apenas podem sonhar com aventuras de capa e espada!
Outra das coisas que me vêm à cabeça, quando pego num destes cómics, são conceitos de precariedade disfarçados pelas aventuras destas personagens. Quando temos 8 ou 9 anos e lemos que o Peter Parker é "freelancer" até soa bem, não sabemos o que são recibos verdes ou contratos laborais, apenas sabemos que ele pode escalar paredes e tem a força proporcional à de uma aranha!
Bem que precisávamos de uns quantos super-heróis para pôr as coisas no sítio certo, que dessem umas quantas cargas de porrada a quem nos faz acreditar que a culpa da ganância que leva à crise é de todos e, por essa boa causa, até deixaríamos tirar fotos para a imprensa sensacionalista que nos ajuda a deixar de pensar, vendendo-nos aquilo que querem que pensemos. Até aqui somos como somos, pagamos para que nos doutrinem...

"Homenaje a Camilo"

Para celebrar o cinquentenário a Revolução Cubana, em Cuba, foi editado um "Álbum de postales en colores" acerca da vida do herói da revolução encabeçada por Fidel Castro contra o regime, então corrupto e contestado de Fungencio Baptista.
Esta banda desenhada, em forma de caderneta de cromos, é um documento interessante quer pela história que retrata, quer pela realidade que presencia na actualidade.
Fruto do embargo sofrido em Cuba durante anos, a escassez revela-se a vários níveis, sendo o povo cubano, à força das circunstâncias, um dos que melhor sabe reciclar e viver com o pouco que se lhe permite. Este álbum é um óbvio exemplo, porque, apesar de original, os seus cromos são fotocópias a cores dos autocolantes raros e pouco acessíveis à maioria.
Pude aceder a este exemplar graças à amizade do Cajó que, em plena lua-de-mel, não se esqueceu do prazer que eu tenho ao ler bd e a descobrir o que está para além dessas histórias aos quadradinhos!
Não conhecia esta figura heróica nacional, ofuscada internacionalmente por o "Che" e por Fidel, no entanto, é um bom exemplo das lutas da época e de quão desactualizado está o regime Castrista nos dias de hoje. 
Só espero que o PCP (que tanta falta faz ao nosso país) não perca tempo a comentar este post, como comentou a atribuição do Nobel da Paz deste ano... mas como eu sei que pouca gente lê isto...
Boa noite!

quarta-feira, outubro 20, 2010

"Nini dos meus quinze anos" Paulo de Carvalho

Quando era puto não gostava desta canção, estava na fase de não entender nada do que dizia e, hoje, aqui no baú de recordações, e a fazer algum material sobre música portuguesa, tropecei outra vez com esta música do Paulo de Carvalho, para mim um dos maiores compositores e letristas que a música portuguesa conheceu.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Usar a cabeça...

A preparar uma actividade para a minha rapaziada, encontrei uma BD bem velhinha do "Recruta Zero" e de toda aquela pandilha de militares loucos que o acompanhavam no quartel. Estas vinhetas são em honra desse grande companheiro do "Zero", o fenomenal "Dentinho"! E como ele nos mostra, há que saber "usar a cabeça"! Não é propriamente o "Sun Tzu", mas também resulta!
Boa noite...

"Viver sem amigos é morrer sem testemunhas..."

Caligrafia Japonesa... melhor de Okinawa

Cortesia de um simpático "sensei" okinawense com quem pude privar hoje à tarde. Que bonita é a caligrafia oriental e que história, e filosofias, podemos encontrar por detrás destes traços simples em plena harmonia entre papel e tinta...
Okinawa não é a ilha do Japão, tem uma cultura, história e língua própria (hoje talvez já vista como um dialecto). Ao contrário da "ilha mãe" celebrizada no ocidente por o espírito do guerreiro feudal, esta ilha sempre foi a terra de gente humilde, comprometida com o mar e com a terra. Durante a 2ª Guerra Mundial, foi palco das mais sangrentas batalhas do conflito, sendo de importância vital para os Aliados. Após a guerra, os americanos estabeleceram aqui a sua mais importante base militar no Pacífico.
Tenho pena de não saber mais sobre este local, que está entre as minhas viagens de sonho, no entanto já privei com alguns nativos e a impressão é mais afável e menos distante que entre alguns seus compatriotas da "ilha mãe"...  

quarta-feira, outubro 06, 2010

Corre, corre... huye al plomo pero no al objetivo.

Este conejo ha huido al plomo de la escopeta pero no pudo huir a mi objetivo.
Cazo solamente imágenes y he tenido suerte con esta. El animal fue más listo que el hombre y merece su libertad.

Un día de caza...


Esta perra, de nombre “Severa”, no tiene nada de fadista. Pero es una máquina cazando y buscando por entre las piedras y madrigueras de conejos y liebres. Su edad ya la pesa en las patitas pero es una fiel compañera en la labor del cazador honesto que respeta la naturaleza como respeta su caza…
En el día en que he sacado esta foto, he entendido muy bien lo que significa esta comunión entre el hombre y la naturaleza. Me he acordado muchísimo de Miguel Torga y Miguel Delibes…   Cazar dignamente no es una salvajada como una montería, es un ejercicio viril de algunos instintos que están olvidados en esta sociedad dicha moderna o, simplemente, son vistos como algo políticamente incorrecto.
Un buen cazador  no quita la vida de la presa por placer, intenta ser superior en la cadena alimenticia y agradece al animal poder matar su hambre. Si es un indio, o en el cine, es cultura a respetar, si es un occidental normal, sin perras, que toda su vida ha cazado y escuchado la naturaleza, es un imbécil y salvaje… ¿Dicotomías en los criterios?

"Green Goblin"

Da velha caixa de brinquedos, poeirenta e esquecida na garagem, saiu este "Green Goblin" de borracha que o meu "amigalhaço dos bombeiros" Carlos me ofereceu na primária! Na época já era um brinquedo com uma certa idade, hoje já deve ser um bom "trintão"!
Qualquer dia, coloco aqui o seu arqui-inimigo, "Spiderman"!
Esta foto é autêntica e parece que esta "velharia" da Marvel anda para aí a sobrevoar algum jardim público! "Be aware, children!"

A "Alegoria da Caverna" segundo Mauricio de Souza

Platão já nos tinha feito reflectir sobre a problemática do que é o mundo real e o mundo das sombras, algo que vem dos tempos da filosofia clássica. No entanto, a filosofia reinventa-se e adopta novos conceitos e mundivisões. Esta é a primitiva "Alegoria da Caverna" de Mauricio de Souza em que o mundo real (ou das sombras) está repleto de Cascões, Mónicas e Cebolinhas. 
Gostaria de ver a Magali dissertar sobre o mestre do filósofo das "costas largas", Sócrates!

segunda-feira, outubro 04, 2010

Agora é literal, um palhaço como deputado, "Tiririca"!

O que já todos sabemos é agora bem visível em São Paulo, no Brasil. O palhaço "pobre" Tiririca ascendeu à elite dos palhaços "ricos" da política federal brasileira, com o maior número de votos entre todos os candidatos a deputados federais pelo estado de São Paulo. Há quem diga que é um feito único na história dos "hemicircos", mas vejamos bem, e com retóricas à parte, há quantos anos certos parlamentos são um circo e os deputados palhaços? 
Nem necessitávamos de ir ao Brasil, por cá também estamos bem munidos de títeres e já que apoio o Manuel João Vieira para presidente vou começar a apoiar o Batatinha para 1ºministro.