sexta-feira, dezembro 28, 2007

No Coments

Para aqueles que não sabem, a Galp é uma empresa portuguesa de produtos petrolíferos e, nesta imagem, numa estação de serviço em Albuquerque, na Extremadura espanhola, temos os seus serviços disponíveis em quatro idiomas: espanhol, francês, inglês e alemão. E perguntam vocês: "E o português? Onde está?"
Responde a empresa: "Aqui não faz falta! Todos os portugueses sabem algum idioma ou então só pensam no preço do combustível, o mesmo que em Portugal, mas mais barato aqui!"
Que idiotas somos... nem a nossa língua sabemos promover nas coisas mais básicas e prosaicas...

sábado, dezembro 15, 2007

Navidad y Libertad


¡Puede ser que Papá Noel no se ofenda con esta portada (fijaos en la clara referencia al señor que tiene sus servicios contratados con Coca-Cola en los gorros rojos…)! No sé si la revista “El Jueves” aguanta otra demanda judicial.

Por dios, no vamos a ofender más la noble familia de Papá Noel… ¿Señores abogados, que esperan?

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Com quem terias o prazer de urinar?

Hoje, ao ler um "post" do amigo Pedro Cuadrado, recordei-me de uma situação insólita de um antigo professor meu. Esse meu mestre, amante da literatura, sempre se vangloriou por ter urinado, lado a lado, com um dos grandes poetas da literatura portuguesa. Tratava-se de Eugénio de Andrade. Não sei se lhe salpicou os pés ou se tiveram tentações de espreitar para o lado, mas esta situação que sempre me fez rir fez-me pensar que a história mundial teve algumas personagens com quem eu não me importava de urinar ("mijar" em bom português, pois já sabem, "quando mija um português mijam logo dois ou três").

Daí o repto: "Com quem terias o prazer de urinar?"

Participa com comentários, torna isto interessante!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

"Cuéntame cómo pasó" ou "Conta-me como foi"...

Filosofía callejera de influencia china…


Mejor que muchas medidas que, por veces, son meros intentos de camuflar la realidad, este dicho chino contiene una verdad casi absoluta. Cuando pienso en políticas sociales me recuerdo siempre de ésta premisa típica del taoísmo. Hay que cambiar muchas cosas y se puede empezar así… ¡miren que son jóvenes que lo escriben!

Numa bela noite no Gêres... ao som da música tradicional portuguesa...


Aqui estava eu, na companhia da minha primeira câmara digital (emprestada pela minha namorada e com apenas 2mpx!), quando o grupo etnográfico de Amarante me prendou com umas músicas que aqueceram aquela fresca noite de Verão, num Gêres que ainda não tinha ardido... enfim, mais uma do "baú digital"...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Óbidos, à janela

Ibéria submergida…


Nos últimos tempos tenho lido, visto e falado com muita gente sobre o papel que têm duas nações históricas no contexto mundial. Trata-se dos rebeldes irmãos Portugal e Espanha, o “Abel e Caim” ibéricos.

Muita tinta tem corrido por esses jornais e muitas teclas premidas em blogs de “opinion-makers” que contribuem com o seu ponto de vista para o debate de algo que já é quase intemporal.

Como se sabe, Portugal é o país europeu com as fronteiras físicas definidas há mais tempo, desde 1249, e Espanha, como a conhecemos (apesar de ser um mosaico de outras nações) é um conceito, quanto a mim, mais politico que cultural (remeto-vos para a eterna discussão se é politicamente mais correcto falar “espanhol” ou “castelhano”, isto só para abordar a questão de uma forma simplista, pois muito mais haveria que mencionar!).

Curioso é o facto de, actualmente, o tema da união federal da Península Ibérica estar na ordem do dia (creio que este tema tem “timings” próprios que muito pouco têm que ver com as suas reais intenções). Vozes sonantes de ambos os contextos culturais, ou apaixonados por este canto ibérico, têm emitido as suas opiniões sobre este tema, muitas delas com um interesse intelectual profundo que serão enunciados interessantes para estudar num futuro que será certamente incerto.

José Saramago, o “Nobel” luso, amado e odiado escritor, residente na ilha Espanhola de Lanzarote, é um dos apoiantes de uma hipotética união federal Ibérica. Será possível? Será viável?

Durante muito tempo, partilhei este ponto de vista argumentando com todos os recursos que pensava serem úteis para este tema e, acima de tudo, seriam positivos para o desenvolvimento integral de todas as nações presentes neste ponto geográfico. Actualmente, apesar de não ter mudado totalmente o meu ponto de vista, sou mais cauteloso com os meus argumentos e busco mais informação e experiência de vida para poder opinar sobre tão fascinante tema.

Também outro grande escritor, para mim o maior da literatura portuguesa (cujo pensamento me tem influenciado em inúmeros campos do domínio humano), no inicio do século passado, escreveu algo sobre um possível “casamento” político ibérico. Pouca gente tem conhecimento deste facto, mas trata-se de Fernando Pessoa e o seu arguto pensamento é de uma lucidez claríssima que me deu bastante que reflectir. Nas suas palavras não posso afirmar se é ou não um iberista, creio que seria algo “inconclusivamente” ofensivo, para com um intelectual que tenta reflectir sobre este tema da forma mais isenta possível, onde não há espaço para nacionalismos exacerbados. Daí que transcrevo as suas palavras:

“Para uma união ibérica de qualquer espécie, seja essa espécie qual for, três cousas são essenciais, e sem elas nada se poderá fazer, e antes de elas se fazerem é inútil pensar em qualquer aproximação. Essas três cousas são:

1º a abolição da monarquia em Espanha;

2º a separação final da península nas suas três nacionalidades essenciais – a Catalunha, Castela e as províncias que conseguiu submergir na sua personalidade, e o estado galaico-português.

É absolutamente impensável a solução do problema ibérico sem ser por uma federação; é impensável a federação com a constituição desigual, anti-natural, viciosa e falsa, dos estados ibéricos actuais.”

Pessoa formula o seu pensamento anos antes de acontecimentos históricos marcantes do século XX como a 1ª república e a guerra civil espanhola, o estado franquista, a revolução de Abril lusa e a transição para a democracia em Espanha, com um retorno “imposto” da monarquia. No entanto, o meu caro leitor nota a actualidade das suas premissas.

Segundo a minha óptica alguns pontos são mais possíveis de câmbio que outros. Vejamos.

1º Abolir a monarquia em Espanha. Creio que será algo inevitável, apesar da figura régia, por enquanto, reunir algum consenso entre os espanhóis, mas o reinado de Juan Carlos não será vitalício e um dia os espanhóis terão de eleger, entre si, se se identificam mais com uma monarquia ou com um sistema republicano. Símbolo por símbolo (rei ou presidente) creio que os espanhóis optarão por algo que não dependa de um direito de nascença.

2º Separação das nacionalidades ibéricas. Aqui Pessoa não contou com algo fundamental e com uma identidade cultural antiquíssima, impermeável durante séculos a influências culturais externas, o País Basco, que, quanto a mim, tem um peso tão importante quanto o estado catalão.

Apesar de uma génese comum, principalmente linguística, não acredito na ideia de um estado galaico-português, uma vez que, por diversas circunstâncias, a Galiza não tem um percurso paralelo com a identidade lusa, pois Portugal não é apenas a zona norte do Douro. Algo também muito interessante que poderá ser comum a Portugal e Galiza, após a sua formação enquanto entidades distintas, é a sua vocação emigrante, algo que poderá ser um factor interessante, muito baseado na sua “litoralidade atlântica”. Note-se que a comunidade galega, por exemplo, nos Estados Unidos, sempre esteve muito próxima da comunidade lusa. Aí está algo muito interessante que nunca se analisou em profundidade (pelo menos que eu saiba).

Por último, e aqui não poderia estar mais de acordo com a mundivisão de Pessoa, teria que existir uma constituição comum, justa, que não privilegiasse uns estados em detrimento de outros. Como sabemos é algo difícil, quase impossível para os que acreditam pouco na utopia, uma vez que as concentrações de riqueza são claramente díspares e não são uniformes, basta olhar para a actualidade e ver que não se trata de apenas nacionalismos… a economia é sempre mais forte.

Imagino como seria se existisse essa união ibéria. Provavelmente teríamos mais força política e económica no contexto da Europa, mas talvez teríamos ainda mais assimetrias regionais, com os eternos desfavorecidos, secos, desertificados, áridos, esquecidos… ocorrem-me regiões como o Alentejo, a Extremadura, a Andalucía… uma vez que a sua situação geográfica não é das mais favoráveis segundo a vontade de alguns políticos… enfim, estes contextos hipotéticos, os futuros alternativos, são apanágio das bandas desenhadas e talvez eu leia demasiado…

Agora sim, o derradeiro argumento, que me leva a não ter a minha postura rígida, imutável, e um tanto indecisa. Os “filhos” desta ibéria peculiar, o continente sul-americano repleto de “genes ibéricos” será uma extensão do que foi, é e será um pensamento ibero e, tudo isto, em dois idiomas, parecidos e de origem comum, o espanhol e o português.

Será isto um factor de união? Será que o facto de serem duas identidades fortíssimas, apesar de algo semelhantes, não será um elemento dissuasor de uma união do “lado de cá” do atlântico?

Acredito que são argumentos fortes neste mundo global e que tudo depende de vontades colectivas reais e não hipotéticas. De contextos harmoniosos e justos, estratégicos (principalmente no domínio humano e do desenvolvimento sustentável) e sociais, pois é difícil falar de uma união ibérica, cultural, quando a imigração para o sul da Europa, principalmente a africana (da qual fomos colonizadores), é uma realidade que tem alterado muitos dos conceitos que temos das entidades nacionais ibéricas.

Entretanto, eu continuo a tentar aprofundar a minha percepção da realidade, com a ajuda dos grandes, como Unamuno, Negreiros, Gómez de la Serna, ou o sereno Miguel Torga que, no centenário do seu nascimento, me ajuda com suas palavras para entender aquilo que vivo: “A minha humanidade tem agora as dimensões da península, com todas as contradições que a dilaceram harmonizadas”.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Quem quer quentes e boas... quentinhas...

Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como u
m desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.

Ary dos Santos

domingo, dezembro 09, 2007

Óbidos, la capital lusa de Navidad


En este puente he tenido la oportunidad de visitar el pueblo luso de Óbidos. Yo sólo conocía su costa, pero su castillo, con toda la animación típica de navidad, su tradición de “pueblo portugués de la navidad” con nieve, skis, duendes, Papá Noel, osos polares… todo esto en un clima muy ameno de confraternización y, curiosamente, de temperatura… he disfrutado cantidad y ¡espero volver para el próximo año!

terça-feira, dezembro 04, 2007

Há algum tempo num bonito dia em Lisboa


Eis a politica colorida movida pela imaginação, essa sim que deveria ser poder!!! Como num belo mês de Primavera de um ano com um número de conotações sexuais!

Martes de Cineclub...

En un pueblo minero de Gales viven los Norman, una familia orgullosa de ser todos mineros y de respetar las tradiciones y la unidad familiar. Pero la bajada de los salarios por su trabajo en la mina enfrentará al padre Norman con sus hijos, que ven en la unión sindical de todos los trabajadores la única manera de hacer frente a los patrones. El cabeza de familia, en cambio, no quiere oir hablar de socialismo ni sindicatos. La ganadora del Oscar a la mejor película del año 1941, venciendo a la mítica "Ciudadano Kane" (Citizen Kane), fue este magistral melodrama que narra la vida de una familia minera de Gales, vista bajo los ojos de su miembro más joven. Un bello canto a los valores familiares que arrancó el alma del best-seller de Richard Llewellyn. Muy sentimental pero me gustó y merece la pena verla, no nos olvidemos que tiene la batuta del maestro John Ford.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

"Aguarela" Toquinho e Vinicius


"Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva norte e sul

Vou com ela viajando o Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco à vela branco navegando
é tanto céu e mar num beijo azul.

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser....... Ele vai pousar.

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra eu consigo passar num segundo
giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
e depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aguarela que um dia em fim
Descolorirá....

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo ... (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é facil fazer um castelo ... (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.(e descolorirá)"