sábado, agosto 02, 2008

Um repto para mim e para todos...

O meu amigo Javier Figueiredo, nobre cronista e ser humano atento ao mundo, desafiou-me para um repto simples e digno de reflexão. Repto esse que proponho à malta que lê e participa nos “senderos” tentarem também exprimir… O desafio é simples: escrever seis coisas, sem importância (ou aparente importância), que nos façam felizes.

Vou tentar não esquecer-me de nenhuma…

Primeira, e nada original, estar com a gente que amo, estimo, que me fazem sentir melhor pessoa, rir, chorar, coçar-me, espreguiçar-me, e outras coisas “escatológicas” que nos fazem rir…

Segunda, correr, nadar, mover-me em comunhão com o que me rodeia. Respirar, sentir o sol, o vento e a chuva… sentir a areia nos pés, a água no corpo, as duas rodas antigas da minha bicicleta por onde quer que ele teime me levar.

Terceira, juntar palavra, som e imagem onde puder. Sou tão feliz com um bom filme, uma boa bd, um interessante livro, com o som do obturador da minha câmara, com a música escolhida de um universo de cds copiados, comprados em saldos, ou cedidos pelas maravilhas da informática (não sei se me entendem!)…

Quarta, dar o meu melhor enquanto pessoa, profissional, tentar dar uma imagem posistiva do que me rodeia e, dessa forma, conseguir motivar os que me rodeiam a não abdicarem dos seus sonhos, dos seus compromissos, da sua liberdade e da sua responsabilidade. Nem sempre consigo, mas quando tenho êxito sou tão feliz…

Quinta, simplesmente saber que sou útil e que reconhecem essa utilidade de uma maneira positiva, baseada na estima e na amizade. Na minha experiência de vida tenho visto que entre homens e homens é possível, entre mulheres e homens também, mas entre mulheres e mulheres (perdoem esta constatação) já não é tão evidente a camaradagem a que me refiro. Não gosto de pensar assim, mas é o que a vida me tem mostrado em geral (mas há excepções claro!),

A sexta, a última, não menos importante. O silêncio, a minha busca interior, as minhas convicções, o meu “ki”, o meu panteísmo (emprestado de tantos que me passaram em páginas diante dos olhos) que me ajuda a encontar o caminho, o “sendero”, no meio de tantas contradições…

Enfim, coisas tão simples que, muitas vezes, nos esquecemos que estão sempre lá e que poderão ser o melhor remédio, os nossos “antidepressivos” da alma para a alma.

Um abraço

2 comentários:

Puntos de vista y ... nada más disse...

Não concordo com o assunto da camaradagem mulheres-mulheres. É verdade que, às vezes, há invejas muito fortes, mas também é verdade que as mulheres são capaces de ter entre elas uma amizade profunda, partilhando muitos sentimentos, que entre homens ainda não é "bem vista".

Um abraço

Luis Leal disse...

Amigo Javier, não digo que não, mas até hoje ainda não pude comprovar empiricamente essa experiência, mas não a nego... talvez tenha que ver com o facto de ter sido sempre o único homem entre muitas mulheres (família, escola, universidade...). Acredita sim, que de misógino não tenho nada.

Um abraço