Gravura feita em 1792 pelo arquiteto
francês Jean-Jacques Lequeu
A uma freira chamada dona Beatriz Pereira
de Manuel Soares de Albergaria
Crescei, meu doce amor, minha Pereira,
Na devação que tendes a João,
Que inda podeis dar fruto temporão
Se acaso vos fazeis são joaneira.
Se não fora essa grade e a porteira,
Eu vos dera um enxerto de enche-mão,
Com o qual o travesso hortelão
Dá c'o ninho dávesso de uma freira.
Porém quando vos eu tal garfo der,
Haveis de dar a Amor dele tributo,
Que de qualquer trabalho sempre o quer.
Se saímos de aqui a pé enxuto,
Farei como homem, vós como mulher,
De outrem será a enveja, e nosso o fruto.
(Lido aqui: Árvore de Letras)
de Manuel Soares de Albergaria
Crescei, meu doce amor, minha Pereira,
Na devação que tendes a João,
Que inda podeis dar fruto temporão
Se acaso vos fazeis são joaneira.
Se não fora essa grade e a porteira,
Eu vos dera um enxerto de enche-mão,
Com o qual o travesso hortelão
Dá c'o ninho dávesso de uma freira.
Porém quando vos eu tal garfo der,
Haveis de dar a Amor dele tributo,
Que de qualquer trabalho sempre o quer.
Se saímos de aqui a pé enxuto,
Farei como homem, vós como mulher,
De outrem será a enveja, e nosso o fruto.
(Lido aqui: Árvore de Letras)
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