terça-feira, dezembro 06, 2022

Caminhos de Santiago - Alentejo

Um par de anos antes de 2010, um grupo de eborenses (com apoio da Arquidiocese e de empresas locais - a SOMEFE era uma delas- e de entidades transfronteiriças - a já extinta “Caja de Badajoz” -) teve tudo preparado para erguer, em pleno centro histórico da cidade de Évora e sem gastos para o erário público, um marco alusivo ao Caminho de Santiago. Porém, esta iniciativa, suportada pelo rigor da historiografia e pela toponímia, não passou da boa intenção deste pessoal e foi vetada pelo desinteresse e pela burocracia institucional (um tanto ou quanto altiva, se sou sincero).
No entanto, volvida mais de uma década, foi com agrado que hoje assisti ao colóquio "Caminhos de Santiago - Alentejo" na biblioteca pública de Elvas e, finalmente, o Alentejo está "institucionalmente no Caminho", muito bem assessorado por técnicos de turismo e por gente como os historiadores Paulo Almeida Fernandes ou, aqui pela raia, Rui Jesuíno, entre outros. 
Já as minhas botas, de cabedal e cosedura alentejana, que sempre sentiram o apelo da tradição jacobeia e a necessidade de palmilharem solo ibérico, estão orgulhosas de terem caminhado ao lado desses eborenses a quem ninguém fez caso.

Un par de años antes de 2010, un grupo de personas de eborenses (con el apoyo de la Archidiócesis, empresas locales -SOMEFE era una de ellas- y entidades transfronterizas -la ya extinta “Caja de Badajoz”-) tenían todo preparado para poner, en pleno centro histórico de la ciudad de Évora y sin gasto alguno para las arcas públicas, un hito alusivo al Camino de Santiago. Sin embargo, esta iniciativa, apoyada en el rigor de la historiografía y de la toponimia, no fue más allá de las buenas intenciones de esta gente y fue vetada por el desinterés y por la burocracia institucional (algo altiva, si soy sincero).
Sin embargo, más de una década después, fue un placer asistir hoy al coloquio "Caminhos de Santiago - Alentejo" en la biblioteca pública de Elvas y, finalmente, el Alentejo está "institucionalmente en el Camino", muy bien asesorado por técnicos de turismo y por gente como los historiadores Paulo Almeida Fernandes o, por pagos rayanos, Rui Jesuíno, entre otros.
Mis botas, de cuero y costuras alentejanas, que siempre sintieron el llamamiento de la tradición jacobea y la necesidad de recorrer suelo ibérico, se enorgullecen de haber caminado junto a aquellos eborenses a los que nadie hizo caso.

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