Não quis entrar.
Era, em mim mesmo, o justificar
Um mausoléu de arame-farpado,
Sofrido. Sofrida
Memória de cinza.
O suor, o sangue, o sémen, a subnutrição impia.
Espremida, expressa em luta dele,
Em esforço, guerra, exprimida em 4 letras
(não me apetece uni-las em sílabas)
Óculos, próteses, pincéis (que tantos quadros em caras pintaram).
Sapatos sem pés.
Escovas
De cabelo
De dentes
Pentes.
Escorbuto sem novos mundos
E dissecadas
Almas.
Mas entrei.
Gasosa a morte no ol(facto),
Gordurosa a dor escorre visível. Glicerina que lava mãos obrigadas
Comandos sonda.
Saí.
Sem nunca ter lá estado. Vivo.
E vejo. Jovens t-shirts verde wehrmacht, falanges,
Legiões de dedos (sujos, intencionalmente) num ecrã dum
aparato
Desligado do respeito.
E na rua rapada,
Musculadas suásticas tatuagens carregam sacos da Zara.
Meu Deus: Não os perdoes, porque eles sabem o que fazem.
4/IV/2013
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