O céu da tarde ainda é um incêndio,
uma pedra queimada que lentamente envelhece. O ar é limpo e baixo como um novo
prazer que tu desconhecias. Alvoroça-se o silêncio. Melodia de asas entre as
folhas vivas. Escondido na tela, assusta-te um pássaro, um pássaro impossível,
negado para o voo, um desejo ilusório enredado entre os ramos, emaranhado na
paisagem; um pássaro apanhado ao que lhe nega o poder de ascender, o de
ausentar-se.
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