quinta-feira, dezembro 02, 2021

Inquietud(e)

Há 30 anos, no "Expresso", A. Pinto Leite escreveu uma crónica que me marcou ainda em tenra idade e continua presente, tantos anos depois, quando reflito sobre que legado gostaria de deixar aos meus filhos. Sinto e sei que não se resume à ecologia. Partilho a sua inquietação com três décadas (que é a minha do presente), num mundo, já então artificializado e tecnicizado, à procura da sua alma e que hoje parece tê-la perdido. 
"Inquieta[-me] um mundo sem espiritualidade e não quero deixar apenas às gerações futuras os rios e os mares limpos e as florestas e o lince da Malcata intactos, mas também o essencial do Homem, a alma, a sua secreta grandeza, aquilo que o distingue diante do mistério da vida e aquilo que nenhum electrodoméstico, ou automóvel, ou taxa de juro, ou cartão jovem [ou smartphone] consegue iludir."

Hace 30 años, en "Expresso", A. Pinto Leite escribió una crónica que me marcó aún en temprana eda y sigue presente, tantos años después, cuando reflexiono sobre que legado me gustaría dejar a mis hijos. Siento y sé que no se resume a la ecologia. Comparto su inquietud con tres décadas (que es la mía del presente), en un mundo, ya entonces artificializado y tecnicizado, en búsqueda de su alma y que hoy parece haberla perdido. 
"[Me] Inquieta un mundo sin espiritualidad y no quiero dejar únicamente a las generaciones futuras los ríos y los mares limpios y los bosques y el lince de Malcata intactos, pero también el esencial del Hombre, el alma, su secreta grandeza, aquello que lo distingue ante el mistério de la vida y aquello que ningún electrodoméstico, o automóvil, o interés, o carné joven, [o smartphone] consigue iludir."
"Camino del Almendro" - LL


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