quarta-feira, fevereiro 19, 2025

Cuando habita más que una lengua en ti...

Cuando habita más que una lengua en ti, te sueles preguntar cuál es la que usas para rezar. Yo jamás he dudado, incluso habiéndome arrodillado en oraciones que buscaban consuelo en otros idiomas. No lo hago para honrar a Dios (Él no necesita de alabanzas políglotas), lo hago por mi madre, por esa lengua que me dió a través de sus creencias y que sigue alimentando mis inmensas dudas y mis escasas certezas. Ella merece que me dirija a algo más grande que mi propio pensamiento en ese portugués infantil que solía grabarme en viejas cintas diciendo: 
"Anjinho da guarda, 
minha santa companhia, 
guardai a minha alma 
de noite e de dia."

Quando habita mais do que uma língua em ti, costumas perguntar-te qual é a que usas para rezar. Eu nunca tive dúvidas, mesmo tendo-me ajoelhado em orações que buscavam consolo noutros idiomas. Não o faço para honrar Deus (Ele não precisa de louvores poliglotas), faço-o pela minha mãe, por essa língua que me deu através das suas crenças e que continua a alimentar as minhas imensas dúvidas e as minhas escassas certezas. Ela merece que eu me dirija a algo maior do que o meu próprio pensamento nesse português infantil em que costumava gravar-me em velhas cassetes a dizer:  
"Anjinho da guarda,  
minha santa companhia,  
guardai a minha alma  
de noite e de dia."

Sem comentários: