domingo, julho 20, 2025

Veo una entrevista...

19/VII/2025: Veo una entrevista en la que una figura pública, con bastante solvencia pecuniaria y estatus social, confiesa su sufrimiento, y me pregunto si existe diferencia entre el dolor de los ricos y el de los pobres. Creo que no, pero de las penas de los pudientes uno siempre desconfía: no por falta de compasión, tal vez porque su dolor no suele apretar el cinturón a final de mes y desconoce contextos de escasez de pan en la mesa.
Ser escéptico es una forma de vida que me aleja del cinismo; sin embargo, en estos casos intento también alejarme de mi desconfianza. Indiferente a clases, todo padecimiento es digno de empatía y respeto. Pensar de otra manera posiblemente nos aísla aún más unos de otros.

19/VII/2025: Vejo uma entrevista em que uma figura pública, com bastante solvência pecuniária e estatuto social, confessa o seu sofrimento, e pergunto-me se existe diferença entre a dor dos ricos e a dos pobres. Creio que não, mas das penas dos abastados desconfia-se sempre: não por falta de compaixão, talvez porque a sua dor raramente aperta o cinto no fim do mês e desconhece contextos de escassez de pão na mesa.
Ser céptico é uma forma de vida que me afasta do cinismo; no entanto, nestes casos, procuro também afastar-me da minha desconfiança. Indiferente a classes, todo o sofrimento é digno de empatia e respeito. Pensar de outro modo possivelmente ainda nos isola mais uns dos outros.

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