domingo, abril 25, 2021

Admito a liberdade como um combate interior, mas a democracia não. (25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!"

Admito a liberdade como um combate interior, mas a democracia não. Acredito que a frágil democracia é a mais humana forma de equidade e representatividade política, assim como nas artes marciais em que a suavidade de uma técnica pode imobilizar a agressividade nas suas mais variadas formas.
Eis uma fotografia pouco conhecida do nosso Capitão Salgueiro Maia, o rosto mais puro da Revolução dos Cravos, a executar um “juji gatame”, em 1967. Também creio que o seu espírito de “budoka” é bem evidente na forma como o seu inesperado protagonismo acabou por marcar o 25 de Abril. Ele “que na hora da vitória respeitou o vencido”, ele que “deu tudo e não pediu a paga”, ele “que na hora da ganância perdeu o apetite”, ele “que amou os outros e por isso não colaborou com a sua ignorância ou vício”, ele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»...
Como a democracia, há muito que constato que a honra está em perigo sempre que o medo se apodera de nós. Contudo, mantenho a fé em que haverá sempre alguém, algum Maia, cuja luta pela liberdade sairá de dentro do seu peito e enfrentará, olhos nos olhos e desinteressadamente, qualquer tirano que, fruto da imperfeição dos tempos, por aí apareça. 25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!

Admito la libertad como un combate interior, pero, la democracia no. Creo que la frágil democracia es la más humana forma de equidad y representatividad política, así como en las artes marciales en que la suavidad de una técnica puede inmovilizar la agresividad en sus más diversas formas.
Aquí tenéis una fotografía poco conocida de nuestro Capitán Salgueiro Maia, el rostro más puro de la Revolución de los Claveles, ejecutando un “juji gatame”, en 1967. También creo que su espíritu de “budoka” es bastante evidente en la manera como su inesperado protagonismo marcó el 25 de Abril. Él “que en la hora de la victoria respetó al vencido”, él que “lo dio todo y no pidió la paga”, él “que en la hora de la ganancia perdió el apetito”, él “que amó a los demás y por eso no colaboró con su ignorancia o vicio”, él que fue «Fiel a la palabra dada a la idea tenida»...
Como la democracia, hace mucho que constato que el honor peligra siempre que el miedo se apodera de nosotros. Sin embargo, mantengo la fe de que habrá siempre alguien, algún Maia, cuya lucha por la libertad saldrá fuera de su pecho y se enfrentará, ojos en los ojos y desinteresadamente, cualquier tirano que, fruto de la imperfección de los tiempos, por aquí aparezca. ¡25 de Abril Siempre! ¡Fascismo nunca más!

Fernando José Salgueiro Maia, numa competição de judo, em 1967.

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