terça-feira, julho 22, 2025

Los pies en la tierra los vinculan...

21/VII/2025: Los pies en la tierra los vinculan más a su padre, pero el espíritu oceánico forma parte de sus vidas desde el mar amniótico del vientre de su madre.
21/VII/2025: Os pés na terra vinculam-nos mais ao seu pai, mas o espírito oceânico faz parte das suas vidas desde o mar amniótico do ventre da sua mãe.

domingo, julho 20, 2025

Veo una entrevista...

19/VII/2025: Veo una entrevista en la que una figura pública, con bastante solvencia pecuniaria y estatus social, confiesa su sufrimiento, y me pregunto si existe diferencia entre el dolor de los ricos y el de los pobres. Creo que no, pero de las penas de los pudientes uno siempre desconfía: no por falta de compasión, tal vez porque su dolor no suele apretar el cinturón a final de mes y desconoce contextos de escasez de pan en la mesa.
Ser escéptico es una forma de vida que me aleja del cinismo; sin embargo, en estos casos intento también alejarme de mi desconfianza. Indiferente a clases, todo padecimiento es digno de empatía y respeto. Pensar de otra manera posiblemente nos aísla aún más unos de otros.

19/VII/2025: Vejo uma entrevista em que uma figura pública, com bastante solvência pecuniária e estatuto social, confessa o seu sofrimento, e pergunto-me se existe diferença entre a dor dos ricos e a dos pobres. Creio que não, mas das penas dos abastados desconfia-se sempre: não por falta de compaixão, talvez porque a sua dor raramente aperta o cinto no fim do mês e desconhece contextos de escassez de pão na mesa.
Ser céptico é uma forma de vida que me afasta do cinismo; no entanto, nestes casos, procuro também afastar-me da minha desconfiança. Indiferente a classes, todo o sofrimento é digno de empatia e respeito. Pensar de outro modo possivelmente ainda nos isola mais uns dos outros.

quinta-feira, julho 17, 2025

18 años de Lamine...

17/VII/2025: Me da la sensación de que, si Lamine Yamal (y su entorno de tutores legales, amistades y quizá conocidos) supiera más (y, posiblemente, quisiera saber más) sobre lo que ocurre en otro esférico (es decir, el planeta Tierra), más allá del balón de fútbol, habría celebrado su 18.º cumpleaños de otra manera.
Pero nuestras existencias no se realizan en modo condicional; como mucho, ese hecho queda, como este apunte, entre un par de paréntesis.
17/VII/2025: Tenho a sensação de que, se o Lamine Yamal (e o seu círculo de tutores legais, amizades e talvez conhecidos) soubesse mais (e, possivelmente, quisesse saber mais) sobre o que se passa noutro esférico (isto é, o planeta Terra), para além da bola de futebol, teria celebrado o seu 18.º aniversário de outra forma.
Mas as nossas existências não se realizam no modo condicional; na melhor das hipóteses, esse facto fica, tal como este apontamento, entre uns quantos parênteses.

quarta-feira, julho 16, 2025

La posverdad lleva el ADN de Goebbels...

16/VII/2025: La posverdad lleva el ADN de Goebbels. Su aceptación legitima represiones propias de Himmler y sus políticas inhumanas son ejecutadas por burócratas obedientes, eficaces artífices de la banalización del mal.

A pós-verdade tem o ADN de Goebbels. A sua aceitação legitima repressões próprias de Himmler e as suas políticas desumanas são executadas por burocratas obedientes, artífices eficazes da banalização do mal.

terça-feira, julho 15, 2025


5/VII/2025: La amistad más pura
Un atardecer que se volvió un refugio sin tiempo.
5/VII/2025: A mais pura amizade. 
Um entardecer que se tornou um refúgio sem tempo. 

Me parece que el ruido de fondo de la vida...

14/VII/2025: Me parece que el ruido de fondo de la vida se vuelve más soportable cuando estás cerca del mar. ("Ese hecho es uno de los fundamentos esenciales de lo que significa ser portugués", me dice una ola del Atlántico.)
Parece-me que o ruído de fundo da vida se torna mais suportável quando estás próximo do mar. ("Esse facto é um dos fundamentos essenciais do que significa ser português", diz-me uma onda do Atlântico.)

domingo, julho 13, 2025

Los chicos de mi barrio/Os rapazes do meu bairro...

12/VII/2025: Cuando eres un chaval de 12 o 13 años, los mayores de 18, 19, 20 suelen pasar olímpicamente de ti por el simple hecho de que eres un crío. Lo veo más que normal, es algo natural. En la edad adulta, ese abismo cronológico desaparece y todos obtenemos nuestra visibilidad.
Cuando yo era un chaval, en mi barrio había una pandilla de chicos que yo conocía, pues uno de ellos vivía encima del local donde mi madre trabajaba. Eran tíos mayores, llenos de estilo, y me causaban cierta admiración (además, tenían novias guapísimas).
Hoy, de camino a Lisboa, en una estación de servicio de la autopista, casi 30 años después, los he vuelto a ver. Con sus esposas, con sus hijos, y todavía siendo la misma pandilla de amigos del barrio. Me he acercado al que veía con más frecuencia y lo he saludado. No me ha reconocido, pero me ha dicho que mi cara le sonaba. Le he dicho de quién era hijo y me ha ubicado en un pasado al que no había prestado atención. Le he dicho que es muy normal, los mayores pasan de los críos, y nos hemos reído.
Me ha gustado ver a este grupo de chicos, referentes de mi infancia o, quizás, preadolescencia. Me gusta volver a mi barrio fuera de lo que es mi memoria o mis sueños, pero lo que más me ha gustado es ver cómo estos cincuentones siguen siendo la misma pandilla de amigos de siempre.
12/VII/2025: Quando tens 12 ou 13 anos, os mais velhos de 18, 19, 20 costumam ignorar-te olimpicamente pelo simples facto de seres um gaiato. Acho mais do que normal, é algo natural. Na idade adulta, esse abismo cronológico desaparece e todos ganhamos visibilidade.
Quando era miúdo, havia no meu bairro um grupo de rapazes que conhecia, porque um deles vivia por cima do local onde a minha mãe trabalhava. Eram tipos mais velhos, cheios de estilo e causavam-me uma certa admiração (além disso, tinham namoradas giríssimas).
Hoje, a caminho de Lisboa, numa estação de serviço da autoestrada, quase 30 anos depois, voltei a vê-los. Com as suas mulheres, com os seus filhos e ainda o mesmo grupo de amigos do bairro. Aproximei-me daquele que via com mais frequência e cumprimentei-o. Não me reconheceu, mas disse que a minha cara lhe era familiar. Disse-lhe de quem era filho e situou-me num passado ao qual não tinha prestado atenção. Comentei que era muito normal, os mais velhos não ligam aos putos e rimo-nos.
Gostei de ver este grupo de rapazes, referências da minha infância ou, talvez, da minha pré-adolescência. Gosto de voltar ao meu bairro fora do que é a minha memória ou os meus sonhos, mas o que mais gostei foi ver como estes cinquentões continuam a ser o mesmo grupo de amigos de sempre.

quarta-feira, julho 09, 2025

Una cuestión de sufijación... / Uma questão de sufixação...

9/VII/2025: El humorista gráfico y aforista Andrés Rábago García (El Roto en otros ámbitos) ha apuntado: "En todo artista también puede habitar un impostor, que es quien probablemente le da de comer."
Lo apunto yo también, y en mi caso —que no me considero impostor (por lo menos de manera consciente) y dudo de mi arte—, sé que quien me da de comer es un profesor que aprovecha su tiempo libre para trabajar más y alimentar a un agricultor que insiste en sembrar de apuntes a su otro yo que tiene la manía de creerse escritor. Quizás todo sea una cuestión de sufijación...
9/VII/2025: O humorista gráfico e aforista Andrés Rábago García (El Roto noutros contextos) afirmou: "Em todo artista pode também habitar um impostor, que é provavelmente quem lhe dá de comer."
Aponto-o eu também, e no meu caso — que não me considero um impostor (pelo menos de forma consciente) e duvido da minha arte — sei que quem me dá de comer é um professor que aproveita o tempo livre para trabalhar mais e alimentar um agricultor que insiste em semear apontamentos no seu outro eu com a mania que é escritor. Talvez tudo seja uma questão de sufixação...


terça-feira, julho 08, 2025

Shiko

 



O ilustrador Shiko nasceu em João Pessoa, capital do estado brasileiro da Paraíba.



sexta-feira, julho 04, 2025

As correntes.../Las cadenas...

2/VII/2025: As correntes tanto mantém a continuidade em elos estáveis como agrilhoam pensamentos no cativeiro do dogmatismo. Estar apetrechado para as forjar e para as partir, penso eu. 
Apesar de me lembrar dos problemas de fígado de Prometeu, a coragem e a força de tantos Hércules mitológicos e anónimos levaram-me há muito a não me preocupar com as correntes que existem e proliferam. O mesmo não posso dizer da escassez de ferramentas que, por perversão ou fatal destino, não chegam às mãos de quem é digno de usá-las. 

Las cadenas tanto preservan la continuidad en eslabones estables como encadenan pensamientos en el cautiverio del dogmatismo.
Estar preparado tanto para forjarlas como para romperlas, pienso yo.
A pesar de recordar los problemas de hígado de Prometeo, el coraje y la fuerza de tantos Hércules mitológicos y anónimos hace tiempo que me llevaron a no preocuparme por las cadenas que existen y se multiplican.
No puedo decir lo mismo de la escasez de herramientas que, por perversión o destino fatal, no llegan a las manos de quienes son dignos de utilizarlas.