
Há algum tempo que não pegava na minha máquina fotográfica e deambulava pelos ângulos inesperados da dimensão humana. Confesso que sentia saudades e, como ainda tenho a "pata chula", aproveitei o descanso que S. Pedro nos deu (com a cunha de S. Martinho, e não estivéssemos em Portugal) para apanhar um pouco de sol e ar em terras de S. Pedro de Moel.

É interessante como podemos ter tudo não tendo quase nada (já diz o Jorge Palma), parece paradoxal, mas foi um prazer estar sentado num muro à beira-mar e contemplar um horizonte que se afigura sempre incerto e repleto de emoções tão distintas...
Como gostava de, à boa maneira de Pessoa, "ser tudo e toda a gente"! Olhar através da óptica contemplativa de quem espera o mar, sentir a ternura do avô que revive a sua infância na companhia do neto, ou o pôr-do-sol apaixonado de um fim-de-semana que sabe a feriado...

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