Ontem tive o prazer de rever o retrato deste antigo lutador de boxe, Belarmino Fragoso, através das suas deambulações por uma Lisboa que já não existe e que nos deixa um pouco de saudade (apesar de se tratar de anos de represão cultural e política). A solidão, o medo e a derrota cruzam-se num filme que mistura géneros como o documentário, a ficção e a entrevista, num passeio por antigas salas de cinema, clubes nocturnos e ginásios de boxe.
Esta foi a primeira longa-metragem de Fernando Lopes, com o apuro jazzístico de Manuel Jorge Veloso e a brilhante fotografia de Augusto Cabrita, o que o tornou um dos filmes-chave do Cinema Novo português, influenciado pela "nouvelle-vague" e com um claro intertexto neorealista.
Foi um prazer rever este filme e escutar a voz de um jovem Batista-Bastos, sempre como o jornalista com perguntas inconvenientes.
Existe bom cinema português, o problema é que não temos um acesso facilitado ao mesmo.
Esta foi a primeira longa-metragem de Fernando Lopes, com o apuro jazzístico de Manuel Jorge Veloso e a brilhante fotografia de Augusto Cabrita, o que o tornou um dos filmes-chave do Cinema Novo português, influenciado pela "nouvelle-vague" e com um claro intertexto neorealista.
Foi um prazer rever este filme e escutar a voz de um jovem Batista-Bastos, sempre como o jornalista com perguntas inconvenientes.
Existe bom cinema português, o problema é que não temos um acesso facilitado ao mesmo.
2 comentários:
O cinema português tem bons filmes, bem escritos, bem humorados e bem dramáticos. Gostava de ver o último de Manoel de Oliveira sobre Colombo, mas não o encontro num clube de vídeo. Tal como nas rádios o que é português é (quase) sempre menosprezado. Como posso ver filme nacional?
Não percebo.
Restrinhem-se a um circuito um pouco intelectualizado (por vezes os que são de pior qualidade) e em ambientes de cinemateca. Quanto aos preços, uma vez que a produção é escassa, são bastante caros.
O cinema mais popular, destaco "Call Girl", até tem difusão, provavelmente os motivos é que não são os melhores. Eu também gosto das mamas da Soraia Chaves, mas, tal como os esquemas de corrupção do Pinto da Costa, deixam muito a desejar enquanto obras dignas da sétima arte. Enfim, o entretenimento faz falta, e dentro desse estilo não há como os anos 40, anos de oiro do cinema português!
Aquele abraço!
É um prazer ter-te outra vez activo no blog!
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