Estávamos no
ano da graça de 1997 e, com uma "Escola Viva" como a Gabriel Pereira
(melhor "Industrial"), dávamos os nossos primeiros passos em
actividades de consciência cívica e ecológica. Assim nasceu o pseudogrupo
"Raiva Verde" (de raivosos não tínhamos nada!) pela mão da turma A de
Humanidades e do professor Manuel Piçarra.
Seguramente
incongruentes (aqui escrevi os meus primeiros artigos em papel, note-se
reciclado), inconscientes da imaturidade dos “teens”, atrevemo-nos a pensar e a
levar as nossas inquietudes ao papel e à realidade. A consequência disso:
crescemos e acredito que, a maioria dos envolvidos, valorizam a sua
participação em projectos tão efémeros quanto possíveis.
Esta é uma
escola pública digna que formava (e forma) gente a pensar no presente e no
futuro. Eu e os meus colegas tivemos esse direito e estes exemplos são uma
forma de lutar para que os nossos filhos possam também atrever-se a pensar e, apesar
de saberem que não somos todos iguais, todos deveremos de ter as mesmas
oportunidades.