Confunde-se gratidão com lamber cus. Estes tempos presentes
são demasiado impessoais, há demasiados egos e interesses ocultos que nos fazem
até desconfiar da verdadeira generosidade e altruísmo. É-se generoso porque
sim. Poder-se-ia falar de ética, moral, até mesmo de natureza mamífera que se
sobrepõe ao darwinismo reptiliano que existe na maioria das relações humanas,
de maneira a que se possa sobreviver de forma gregária para assegurar a
sobrevivência da espécie através da sua reprodução.
Apenas sei que a verdadeira gratidão vem do coração, que não
se confunde com bajulação, ajoelhada, interessada, com restos de saliva cínica
e submissa após qualquer acto de sucção.
Pode parecer anacrónico, mas ainda acredito nessa velha
palavra, que o meu pai me ensinou a usar, que é a estima. Estima e gratidão
confundem-se muito dentro de mim, mas não me provocam más digestões, pelo contrário,
ajudam-me a digerir calmamente aquilo que o dia-a-dia me vai fazendo engolir.
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