Vindo do supermercado, de máscara na tromba e luvas nas manapulas, oiço na rádio «depois do caos, surge uma nova ordem», enquanto passo ao lado de um caixote do lixo com um pequeno desenho infantil de gratidão para quem diariamente mete mãos aos nossos resíduos, para quem todos os dias leva a nossa merda para longe das nossas casas.
Por um momento vejo futuro para além do confinamento. E entristeço-me por já não ter ilusões.
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