Noah Chomsky disse que a nossa ignorância «podia ser dividida em problemas e mistérios». Li esta citação num livro sobre inteligência artificial com mais de 20 anos e fiquei com a sensação de faltar mais algum divisor nesta operação do velho pensador. Não sei qual proporia, mas lembro-me da velha discussão que tenho tido com alguém que me educou devido a uma pretensa condescendência para com a ignorância auto-promovida, isto é, o perpetuar da falta de curiosidade e justificá-la como algo positivo e motivo, inclusivamente, de orgulho.
É livre para pensar assim. Eu recuso orgulhar-me de qualquer «ignorância autoinflingida». Já basta a que nos impõem agentes externos ao nosso «eu»...
Não tenho problemas com a minha ignorância, pois não é um mistério para mim, aceito-a e se puder assomar-me a algum conhecimento fico contente e, muitas vezes, grato. O que não admito é que queiram fazer de mim mais ignorante do que realmente sou...
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