terça-feira, novembro 30, 2021

Apunte del día

Apunte del día: Al final no van a hacer controles fronterizos terrestres en Portugal. Mejor así. Sin embargo, ya veía la frontera imponerse otra vez, recordándome que los pasaportes de antaño contenían sólo nuestra nacionalidad, mientras que los de hoy son también una prueba de nuestra salud física, aunque el presente esté bastante traumatizado. 

Nota do dia: Afinal não vão fazer controlos fronteiriços terrestres em Portugal. Melhor assim. No entanto, já via a fronteira a impor-se outra vez, recordando-me que os passaportes de outrora só continham a nossa nacionalidade, enquanto que os de hoje são também uma prova da nossa saúde física, apesar do presente estar bastante traumatizado.


terça-feira, novembro 23, 2021

3 Aforismos de Luis Leal (in “El Espejo”, nº13, 2021)

3 Aforismos de Luis Leal (in “El Espejo”, nº13)

Era já gaiatão quando soube o que era um aforismo. Descobri este género fragmentário através de Teixeira de Pascoaes, cuja aforística foi recompilada pelo mesmíssimo Mário Cesariny. Desde então tenho guardados uns quantos da minha colheita no blog, em alguns cadernos e até na memória do telemóvel, contudo, estou longe da mestria do meu estimado Elías Moro, aforista de excelência, e de outros nomes que podem encontrar no 13º número de "El Espejo".

Porém, é pura casualidade que a crónica ainda disponível nas páginas da "Mais Alentejo" verse sobre o peso do literato na contemporaneidade. Em poucas palavras, é como estes três aforismos, completamente inútil.

Era ya un buen mozo cuando supe lo que era un aforismo. Descubrí este género fragmentario a través de Teixeira de Pascoaes, cuya aforística fue recompilada por el mismísimo Mário Cesariny. Desde entonces tengo un par de ellos guardados de mi cosecha en el blog, en algunos cuadernos e incluso en la memoria del móvil, pero estoy lejos de la maestría de mi estimado Elías Moro, aforista de excelencia, y de otros nombres que podéis encontrar en el 13º número de "El Espejo".

Sin embargo, es pura casualidad que la crónica aún disponible en las páginas de "Mais Alentejo" verse sobre el peso del literato en la contemporaneidad. En pocas palabras, es como estos tres aforismos, completamente inútil.

*Errata: “perguntou-lhe” em vez de “preguntou-lhe”.






"Sapo y Sepo, amigos inseparables" - Lecturas que te encantan X.

quinta-feira, novembro 18, 2021

Efeitos secundários da "Task Force": naúseas e mal-estar

Efeitos secundários da "Task Force": náuseas e mal-estar.

Apesar de ter abandonado a docência em Portugal, devido à precariedade e à falta de perspectivas de futuro na profissão, sempre fiz questão de acompanhar o sistema educativo português. As poucas vezes que me manifestei sobre o mesmo, foi para reivindicar a qualidade da preparação técnica e pedagógica dos docentes saídos dos, já antigos, cursos de "Ensino de", ministrados por várias universidades, de Norte a Sul do país, e que deixaram uns milhares professores expostos à falta de "novas oportunidades", ao desenrascanso e à "vocação para o desemprego". Alguns, menos estóicos e talvez bafejados pela sorte (nos quais me incluo), ainda tiveram a oportunidade de serem "exportados" para outros sistemas educativos e continuarem a exercer. 
Talvez por isso, por muitas vezes me sentir como um produto exportado, não gosto de me pronunciar sobre as políticas educativas portuguesas, contudo, hoje, ao ouvir na rádio que se vai formar uma "Task Force" para solucionar a falta de professores em Portugal (e o actual recrutamento de pessoal não docente para leccionar), senti os efeitos secundários que não tive com as duas doses da vacina contra este raio de vírus. Senti umas náuseas, um mal-estar que não consegui manter em silêncio, apesar de saber que sou um produto, uma exportação (possivelmente já caducada) do ensino português.

quarta-feira, novembro 17, 2021

Una versión editada de mí mismo

Echando un vistazo a las redes, me doy cuenta que allí tengo una vida bastante diferente de la que tengo en mi casa o en mi día a día. A pesar de que intento ser fiel a una cierta sinceridad, en Facebook, en Instagram (aquí creo que no), tengo una versión editada de mi persona y eso oculta mucho de la realidad, imperfecciones principalmente.

domingo, novembro 14, 2021

Cuando me preocupo...

Cuando me preocupo demasiado en querer ser un ejemplo, la naturaleza se impone en sus infinitas formas y me recuerda que es bastante mejor educadora que yo. 
Quando me preocupo demasiado em querer ser um exemplo, a natureza impõe-se nas suas infinitas formas e lembra-me que é bastante melhor educadora do que eu.

quinta-feira, novembro 11, 2021

Ed Sheeran no "Hormiguero", 11.11.21

Deixei os meus pequenos irem mais tarde para a cama de forma a que pudessem ver o Ed Sheeran em directo, no "Hormiguero", e ainda bem que quebrámos a rotina. Que este cantor inglês é um poço de talento já o sabia há tempos, as suas melodias têm sido a banda sonora da infância dos meus filhos, porém, a sua generosidade (que intuía pela letra de algumas canções) é digna de ser salientada, pois Sheeran podia ter utilizado este talk show, de audiências massivas, para unicamente se promover e aproveitou cada momento que pôde para reforçar o trabalho dos outros, como aquela jovem a quem pediu que cantasse à capela e que dissesse ao público onde a podiam encontrar nas redes.
É marketing, dirão muitos (e possivelmente terão razão), é uma imagem trabalhada ao pormenor, dirão outros (quase de certeza), mas podia ser de outra maneira, isto é, de nariz empinado com exigências de "rock star", à Madonna, "aka mandona", e não o é.
Aproveitei o exemplo para dizer aos meus filhos que quem brilha por fazer brilhar os outros brilha a dobrar, pois a sua luz torna-se mais evidente e persistente por ser natural. Acho que entenderam o recurso a tanta luminosidade ou isso espero, enquanto o Ed Sheeran foi lá à vida dele e os meus putos para vale de lençóis. Que o artista nunca esqueça a indiferença das ruas onde cantou e que os meus artistas possam sempre brilhar sem ofuscarem ninguém.

terça-feira, novembro 09, 2021

"O Big Metabrother" - Francisco Louçã, in "Expresso", 6/XI/2021

"Quiero pensar que no somos solo un montón de vísceras." - Pablo Guerrero

"Quiero pensar que no somos solo un montón de vísceras. Tenemos espíritu y el arte es la plasmación más evidente de lo sagrado. No estoy adscrito a una u otra religión en concreto, más allá de mi partida de bautismo, pero me gusta lo zen. Propicia que hasta algo tan cotidiano como bajar la basura se convierta en un episodio gozoso." - Pablo Guerrero, "El País" (7/XI/2021)

domingo, novembro 07, 2021

Domingo

A manhã, ainda colada à madrugada, começa azeda, triste, e vai evoluindo com os aplausos da gente aos atletas da meia-maratona da nossa cidade. 
Durante o dia os braços pesaram, os sorrisos conjugues não abundaram, e a tarde terminou num sofá a ver um filme francês, uma comédia sobre a pandemia e sobre a nossa estranha humanidades.
Com o pouco descanso que a cama permite, vislumbro poder deitar-me, ler um pouco, escrever esta nota, com um certo sentido de dever cumprido. Passou mais um domingo. Na mesa da cozinha já tenho os dois lanches dos mais velhos para amanhã e acabo de levar o biberão do mais novo para cima. Mais do que a necessidade de descanso, sinto que não devo pensar. Foco-me nas sandes, no biberão e no chá de funcho. 

sábado, novembro 06, 2021

Me pregunto si el artista...

Me pregunto si el artista, para reivindicar su arte, tiene que atacar, insultar o maltratar a otros supuestos artistas, precursores o contemporáneo, es indiferente. ¿Tiene el arte una lógica exclusivamente hegeliana? ¿Es el artista primordialmente un agente de dialéctica o un ser tendente a la creación?
Como no distingo sustancialmente el arte de la vida, como tampoco distingo la física de los movimientos y de los elementos, intuyo una respuesta, pero no la escribo en mis anotaciones. No merece la pena. Me guardo mis antipatías artísticas (y no solo) para mí mismo, pues quiero que mi suelo siga así, pobre en odios pero, al mismo tiempo, un lugar donde no suelen proliferar demasiadas malas hierbas. 


Cuando uno no tiene nada para decir, lo dice mejor en su lengua materna, la de sus entrañas./Quando um tipo não tem nada para dizer, di-lo melhor na sua língua materna, a da suas entranhas. - Theodor Kallifatides

    “En ese momento lo entendí. Mi primera lengua es palpitación. La segunda, cavilación. La primera brotaba de mis entrañas, la segunda de mi cerebro. El problema era ensamblarlas. [...] La conclusión era sencilla, cada lengua tiene su manera de ser escrita. [...] [Sin embargo] Cuando sabes lo que quieres decir, puedes decirlo en todas las lenguas que conoces.
    También puedes guardar silencio en todas las lenguas que conoces.
    Pero cuando no tienes nada para decir, lo dices mejor en tu lengua materna.”

    “Nesse momento entendi. A minha primeira língua é pulsar. A segunda, pensar. A primeira brotava das minha entranhas, a segunda do meu cérebro. O problema era enlaçá-las. [...] A conclusão era simples, cada língua tem a sua maneira de ser escrita. [...] [Contudo] Quando sabes o que queres dizer, podes dizê-lo em todas as línguas que conheces.
    Também podes guardar silêncio em todas as línguas que conheces.
    Mas quando não tens nada para dizer, di-lo melhor na tua língua materna.” (Trad. Luis Leal)


Theodor Kallifatides, Otra vida por vivir (trad. Selma Ancira), Barcelona, Galaxia Gutemberg, 2019, pp. 151-152.

"Silencio" (Foto de SLP - 2021)

sexta-feira, novembro 05, 2021

En la era de lo inmediato... (imagen de Guy Delisle)

En la era de lo inmediato, la eternidad pasa desapercibida.


Na era do imediato, a eternidade passa desapercibida.


Tres aforismos de Stanisław Jerzy Lec


 

Tres aforismos del escritor, poeta y aforista polaco Stanisław Jerzy Lec (1909 - 1966):


Mi odio ha envejecido: se ha transformado en desprecio. 


Desde que el hombre se alzó sobre sus patas traseras no ha recuperado el equilibrio.


Cuando tengo razón estoy alerta




Pensamientos despeinados. Traducción de Elzbieta Bortkiewicz y Abraham Gragera. Pre-Textos, 2014.




quinta-feira, novembro 04, 2021