Eu ouvia-o e sou capaz de entender o que afirma, como também tenho a certeza de ter sido a Ucrânia a vítima invadida e a vencedora moral desta guerra. Mas sei que este meu conhecido não falava de ânimo leve, pois também sofre com este horror a afectar ucranianos e russos, não fosse a sua casa, na Moldávia, a escassos quilómetros da fronteira com a Ucrânia, como ele diz: "Luis, a Ucrânia para mim está do outro lado do ribeiro...".
Penso na minha fronteira, e se me sinto irmão deste moldavo, como me sentiria se a minha Espanha e o meu Portugal estivessem a viver uma situação semelhante? Teria o meu coração mais do que partido, teria o meu coração arrancado de um corpo nascido português mas com uma alma cada vez mais espanhola.
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