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quinta-feira, novembro 30, 2006
Luis está já de pé?
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domingo, novembro 26, 2006
A Sida
Mais uma vez a dois vai exibir durante esta semana às 00:30h um documentário excepcional sobre uma das maiores pandemias que ocorreu no século XX, a SIDA. Não vou estar aqui a explicar o mecanismo de funcionamento do vírus nem tão pouco as prevenções que terão de se ter. Penso que os documentários irão falar por si sós. Nos dias de hoje ainda não há uma cura eficaz para o problema e o continente africano é o que mais sofre com esta doença. A SIDA foi descoberta muito tardiamente só para dar um exemplo, quando nos Estado Unidos sinalizaram a doença já 250000 pessoas estavam infectadas. Este é um problema que nos afecta a todos e temos de ter consciência que vivemos em sociedade. Espero que estes documentários nos possam servir de algum modo como uma lição de vida.
sexta-feira, novembro 24, 2006
Fort Wheeling
Neste Novembro chuvoso, sugiro uma leitura que muito me agrada. "Fort Wheeling" do mestre Hugo Pratt. Obra ímpar da nona arte, remete o leitor para o século XVIII, para uma América de pioneiro, nativos, colonos insatisfeitos com a coroa britânica e ingleses desajustados com a realidade colonial no que viria a ser os EUA e Canadá. Mas, para além da lição de história, óbvia e bem típica da recolha e documentação exaustiva por parte do autor, é uma obra que nos remete para o conceito esquecido da camaradagem, que não é quebrada por fileiras opostas.
Eis uma sugestão que creio que pode ocupar um lugar cativo nas nossas bibliotecas pessoais (é de aproveitar os preços especiais de 5€ cada tomo, Edições ASA em capa dura, o que é uma pechincha para o livro em questão!). Perdoem a publicidade, mas acho que vale a pena!
terça-feira, novembro 21, 2006
A banca portuguesa
Bem à moda de Portugal encontramos um dos maiores lobbies que existe no nosso país: a banca. Vi com bastante interesse o debate nos "Prós e Contras" sobre se, de facto, a banca portuguesa é ou não honesta com os portugueses. A resposta é claramente, não e não! Por dois motivos que eu destaco:
- Em Portugal não há concorrência entre os diversos bancos. Todos se lambem uns aos outros. Os contratos são todos com dezenas de páginas com letras miudinhas que só se vêem ao microscópio. As cláusulas têm um português recambulesco que mais parece da Idade Média.
- Na altura de fazer um contrato de crédito à habitação tem de se ter muito cuidado com o spread (a taxa de lucro do banco) e além disso verificar os arredondamentos que estão a realizar. Mais, para os bancos pagar o ano tem 360 dias, enquanto para receber o ano tem 365 dias.
- Ainda gostava de referir o regime de cláusulas gerais que o Garcia Pereira referiu, e bem, no debate, porém não entendi lá muito bem e não quero estar aqui a escrever erradamente.
Bom, a banca em Portugal é muito e muito recambulesca e como se viu ontem no debate o Presidente da Associação de Bancos, Dr. João Salgueiro, mais o pau mandado do Paulo Teixeira Pinto, o presidente do Conselho de Administração do Millenium BCP, nem argumentos tiveram para Garcia Pereira. Gostei imenso de ouvir o líder do PCTP/MRPP. Falta lá na Assembleia da República! Desmascarou aqueles tristes por completo!
Vamos lá a ver se entenderam, o problema centrou-se muito de volta dos arredondamentos. O problema é que os bancos fazem os arredondamentos das prestações à maneira deles. Vejamos um exemplo, se a renda é de 345,67 € este valor deveria estar arredondado à terceira casa decimal ( não sei se já repararam como aparece nas gasolineiras), isto é, 345,66x€(o valor da terceira casa deveria ser x>=5) para que o arredondamento seja por excesso!. O facto é que os bancos não cobram os créditos nesta taxa, isto é, em vez de 345,667€, por exemplo, fazem 345,67€. Se foi bem isto que eu entendi, então os bancos têm de ter enormes lucros!
Com este novo decreto os bancos não vão poder passar a arredondar mas será que os portugueses vão receber os retroactivos do que já pagaram? Pelo que me pareceu ontem só se formos para tribunal! A banca é mesmo cínica.
Mais, quando se amortiza um crédito (nem que sejam 5000€) têm de se ter cuidado com as penalizações que chegam a atingir os 5%!
Agora que vem aí nova legislação fiquem atentos! Consultem o site da DECO para se informarem melhor! Por falar em legislação o Secretário de Estado do comércio e da concorrência não apreciou lá muito o discurso da banca e para além deste decreto ainda vão aparecer mais.
Eu não deveria estar aqui a falar de bancos que a merda é toda igual mas para mim o BES e o BCP são os que cobram mais comissões!
Só mais uma nota. O Dr. João Salgueiro afirmou no final do debate que, e passo a citar: "...A banca portuguesa ofereceu casa a milhares de portugueses..." Eu pergunto, "ofereceu"? Foda-se, a banca oferece alguma coisa? Uma casa paga a prestações fica pelo dobro!
Peço desculpa por usar algum tipo de linguagem menos própria mas com ferros se mata com ferros se morre!
Abraços!
sábado, novembro 18, 2006
Os EUA também têm sentido crítico
Algumas tendências políticas, ou mesmo intelectuais, concebem o povo norte-americano, e todas as suas manifestações, como algo mediocre e despido de sentido crítico. Penso que nada poderia ser mais injusto, não se pode compararar um Arnold "Terminator" da Califórnia, um Rumsfeld, a um Al Gore, a um Michael Moore, a um Woody Allen, ou, simplesmente, ao cidadão anónimo, de um estado qualquer (como por exemplo o de Nova Iorque), que acredita na liberdade e que sabe que o mundo tem mais história que os 300 anos da sua pátria...
É nesta linha de pensamento que vos remeto para a revista humorística, dedicada aos comics e aos cartoons, MAD que, com artigos corrosivos e hilariantes, analisa a sociedade do "Uncle Sam" com a tradição de irreverência que a caracteriza. Em anexo está a capa do exemplar de Novembro que creio ser bastante sugestiva (já li e recomendo). Agora resta-me aguardar a visualização do documentário "An Inconvenient Truth" do ex-vicepresidente Al Gore, segundo consta uma obra polémica que não trata nada que um cidadão consciente e preocupado com o ambiente não saiba.
quarta-feira, novembro 15, 2006
Caminhar por novos senderos
De certeza não estarei ao nivel literário que aqui têm os bloguers ou blogueiros. Vou começar por dizer que nunca gostei desse proverbio espanhol "Que tu mano derecha no sepa lo que hace tu mano izquierda": É mesmo apologia da falta de ética.
Tentarei "ter mão esquerda" e não esquecer que o coração também fica nesse lado.
Onde os senderos?
Quadro do meu amigo José Manuel Paulete
terça-feira, novembro 14, 2006
O aqueduto de Valencia de Alcántara
Eu conheço um país... (cortesia da amiga Mª Antónia)
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que “bateu” em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive – Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d’Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos? "
Nicolau Santos, Director Adjunto do Jornal Expresso – Ín Revista Exportar
segunda-feira, novembro 13, 2006
O Verão de S. Martinho...
Há algum tempo que não pegava na minha máquina fotográfica e deambulava pelos ângulos inesperados da dimensão humana. Confesso que sentia saudades e, como ainda tenho a "pata chula", aproveitei o descanso que S. Pedro nos deu (com a cunha de S. Martinho, e não estivéssemos em Portugal) para apanhar um pouco de sol e ar em terras de S. Pedro de Moel.
É interessante como podemos ter tudo não tendo quase nada (já diz o Jorge Palma), parece paradoxal, mas foi um prazer estar sentado num muro à beira-mar e contemplar um horizonte que se afigura sempre incerto e repleto de emoções tão distintas...
Como gostava de, à boa maneira de Pessoa, "ser tudo e toda a gente"! Olhar através da óptica contemplativa de quem espera o mar, sentir a ternura do avô que revive a sua infância na companhia do neto, ou o pôr-do-sol apaixonado de um fim-de-semana que sabe a feriado... Enfim, ainda bem que S. Martinho era um gajo porreiro e partilhou a sua capa com o mendigo! Graças a ele, Deus prendou-nos com o “Verão dos Marmelos” (como também podem confirmar com a foto em anexo, devo dizer que eu tinha uma Sweat-Shirt e uma T-Shirt, mas esta senhora gosta mesmo destes 18ºC.)…
Auschwitz
Por vezes não há tempo para nada nem sequer para conversar entre as famílias à hora de jantar... quanto mais estar atento a bons documentários. Bem o que me traz aqui não é estar a fazer sobre o que cada um deve fazer ou deixar de fazer mas já que se trata de um blog idealizado pelo Luís cabe-me justificar o porquê deste post-title ou como lhe queiram chamar! Por vezes há certas frases que ficam na memória e não me posso esquecer (já lá vão os tempos do fordesq) uma das frases que o Luís referiu acerca da sua viagem que realizou à Polónia nomeadamente aos campos de concentração! (Luís se um dia lá voltares não te esqueças de dizer alguma coisa).
O Luís falava muito da viagem à Polónia e relatava o que viu como se a gente lá estivesse, recordo-me do modo como falou da sala que estava cheia de óculos, de sapatos ainda intactas até hoje . Devo confessar que aquela descrição me arrepiou solenemente! Porém uma das frases que mais me impressionou era o facto de que quem não acreditasse em Deus depois de sair de Auschwitz passaria a acreditar! Sim depois de sairmos dali Deus iria fazer parte de nós! Não se trata aqui de um Deus físico que vive nos céus ou que está por cima de nós a julgar-nos, não! Um Deus interior, um Deus da Humanidade!
Bom para poder ver esse Deus passa durante toda esta semana, por volta das 00:30h um documentário na dois (canal rtp) sobre Auschwitz entre outros assuntos relacionados com o tema. Uma parte da história que mudou muito o que é hoje o mundo. Vou assistir com bastante interesse aos cinco programas!
Abraços a todos!
domingo, novembro 12, 2006
Novo Livro sobre Salazar
Para os mais distraidos, esta é a responsável pelo escandalo da Casa Pia, Massacres em África, entre outros. Assim sendo, devemos ter esta autora em conta como um exemplo sério de isenção e seriedade, ficando a sugestão deste seu último titulo de investigação.