
Há algum tempo que não lia, nem me recordava do grande "Zero", mas ontem, após uma compra de 20 cêntimos num mercado de livros usados, voltei a divertir-me com as personagens criadas por Mort Walker nos anos 50.
É um recruta do exército americano, no quartel Camp Swampy. Caracterizado pela sua preguiça e bom-humor, Zero é implacavelmente perseguido pelo Sargento Tainha, que não admite nenhuma insubordinação. Ainda assim, “Beetle Bailey” sempre arranja uma forma de escapar à labuta. O seu lema de vida é: “Never let to tomorrow what you can do the day after tomorrow” (Nunca deixes para amanhã o que podes fazer depois de amanhã"). Outro de seus famosos aforismos é: “It´s funny how time flies when we are goofing off” ("É engraçado como o tempo voa quando a gente está de folga").
O “Zero” é um dos divertimentos favoritos dos militares norte-americanos, por sua irreverência em relação ao sistema militar e por exaltar a esperteza de um soldado raso face a seus superiores. Talvez por isso o trabalho de Walker tenha sofrido alguns maus bocados durante as guerras da Coreia e do Vietname, algumas publicações americanas, entre elas a “Stars and Stripes”, a revista oficial das Forças Armadas norte-americanas, insistiram na proibição da publicação das aventuras do “Zero”, por considerá-lo uma afronta à ordem militar.
Felizmente, este militar ainda continua no activo.
Sem comentários:
Enviar um comentário