segunda-feira, novembro 19, 2007

Com a benção de Cesário Verde...


Nas nossas ruas, ao amanhecer,
Há tal claridade, há tal natural alegria,
Que as sombras, os enquadres, as folhas, a poesia...
Despertam-me um real desejo de viver

O movimento, harmonioso na sua lentidão,
coreografa as árvores num bailado
em que retiram aos ventos a solidão
de um eterno e nostálgico passado

Eu apenas corro, percorro, morros
subo numa rotineira, mas livre, cadência.
Os demais, numa indiferente perspectiva

Passam e não se pasmam com cronos,
com a aparente independência
de um corpo e uma mente viva.

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