Hoje, debaixo da bicicleta do meu filho mais velho (alugada na Plaza de Hércules em Sevilha), assistimos a este gesto. Fotografei-o emocionado a lembrar-me do velho Padre Eterno e do «Melro» da sua velhice, lido em voz alta na minha juventude:
"(...) Tudo o que vive ri e canta e chora...
Tudo foi feito com o mesmo lodo,
Purificado com a mesma aurora.
Ó mistério sagrado da existência,
Só hoje te adivinho,
Ao ver que a alma tem a mesma essência
Pela dor, pelo amor, pela inocência,
Quer guarde um berço, quer proteja um ninho!
Só hoje sei que em toda a criatura,
Desde a mais bela até à mais impura,
Ou n'uma pomba ou n'uma fera brava,
Deus habita, Deus sonha, Deus murmura!..."
Guerra Junqueiro
sábado, agosto 04, 2018
Debaixo da bicicleta do meu filho... um «mistério sagrado da existência»...
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