Um poema que foi mal lido (“Assim sem a máscara.” por “Assim sou a máscara.”) durante muito tempo para este 13 de junho de 2020.
Depus a máscara e vi-me ao espelho...
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que fica,
A criança.
Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sou a máscara.
E volto à normalidade como a um terminus de linha.
11/8/1934
Fernando Pessoa / Álvaro de Campos
Poesia (Álvaro de Campos). Edição de Teresa Rita Lopes. Assírio & Alvim, Lisboa, 2002.
Depus a máscara e vi-me ao espelho...
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que fica,
A criança.
Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sou a máscara.
E volto à normalidade como a um terminus de linha.
11/8/1934
Fernando Pessoa / Álvaro de Campos
Poesia (Álvaro de Campos). Edição de Teresa Rita Lopes. Assírio & Alvim, Lisboa, 2002.
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