terça-feira, outubro 17, 2006

As barreiras invisíveis


Sim. Tenho de admitir. Sou bastante egoísta e, tal como muitos seres humanos, só dou valor ao que tenho quando, por alguma ironia do destino, algo me falta. Durante muito tempo temos a ilusão que somos o Super-homem e que não há kriptonite que nos cause dano algum. Essa atitude cambia quando caímos na realidade que não somos de aço, como o Clark Kent, e sim de carne e osso como os demais.
Hoje, em fase de recuperação do meu tornozelo lesionado, tentei ir dar uma volta com as minhas muletas. O percurso não foi grande, uma pequena volta pelo “pueblo”, mas os obstáculos, esses sim, consideráveis. Após esta aventura, cheguei a casa, o meu 2º andar a “pé coxinho”, e pensei naqueles que a sua desvantagem não é passageira, mas sim permanente, nas suas dificuldades e o seu verdadeiro heroísmo quotidiano. É esses que não quero esquecer quando melhorar, é por esses que estou a escrever…
Olhemos ao nosso redor e pensemos que não estamos nas nossas plenas capacidades… imobilizem um pé, uma mão, vendem os olhos, tapem os ouvidos… e depois dêem o devido valor ao facto de não termos nenhum desses “handicaps”…
Estas pessoas que lutam por melhores condições de acessibilidade já tinham o meu respeito, agora têm o meu empenho e a força da minha convicção que os posso ajudar (nem que seja com as minhas palavras e experiência).

1 comentário:

Ricardo Barbosa Paredes disse...

Luís o que posso dizer se não concordar contigo a 110%
Muitos de nós ainda não sabem dar valor às pequenas coisas tais como caminhar ou subir umas escadas!
Espero que melhores rapidamente e desculpa ainda não dar a devida atenção uma vez que ando a fazer uns downloads acerca do meu escritor do momento: Michio Kaku.
Depois os olhos começam a fraquejar!
Bem vou lançar agora a minha sugestão sobre um outro grande português!