sexta-feira, junho 22, 2018

"Se" de Rudyard Kipling



Os "ses" não existem a não ser num modo condicional e em passados ou futuros hipotéticos. Tento sempre lembrar-me desta frase para agarrar-me ao presente e à minha precária humanidade.  O exemplo, e os versos, de Kipling ajuda-me e presto-lhe atenção. Atrevo-me a transcrever excertos de uma tradução que para aqui tinha guardada. Releio-a e parece-me uma oração. Que assim seja.


Excerto de "Se" de Rudyard Kipling

(...)
"Se tu souberes meditar, observar e conhecer
Sem nunca te tornares céptico ou destrutivo
Sonhar, sem deixar que o sonho te domine
Pensar, sem ser um só pensador
(...)
Se puderes ser valente sem ser imprudente
Se souberes ser bom, se souberes ser sábio
Sem ser moralista nem pedante

Se puderes encontrar o Triunfo depois da Derrota
E receber esses dois mentirosos com a mesma cara,
Se puderes conservar a coragem e a cabeça
Quando todos os outros a perderam

Então os Reis, os Deuses, a Sorte e a Vitória
Ser-te-ão para sempre submissos como escravos
E, o que vale mais do que os Reis e a Glória,
Tu serás um homem, meu filho."

Trad. Pedro Saraiva

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