«Se estou feliz dedico-me a viver e não a escrever» diz a poeta. Entendo-a perfeitamente e até identifico a sua filosofia de trabalho na sua poética. Porém, eu, que cada vez mais sou de fazer-me perguntas incómodas, questiono-me se encontro poesia fora desta perspectiva.
Sim e muita. Resta-me é saber se a crítica literária vê a coisa como eu. Um verso, um poema que faça sorrir, ou melhor, rir, é ou não é poesia? Excluídos os satíricos, os líricos do optimismo são poetas ou humoristas?
A tristeza sempre será mais solene que a alegria, mas a introspecção, a necessidade de encontrar o eterno e o belo, não é exclusiva dum vale de lágrimas de pesar. Chorar de tanto rir tem muito que se lhe diga.
Se estou feliz procuro escrevê-lo. Quem sabe não me ajude a ver o quão estúpidas são a maior parte das coisas que me fazem infeliz.
quarta-feira, julho 03, 2019
«Se estou feliz dedico-me a viver e não a escrever»
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário