O Cristiano Ronaldo fascina-me. Sociologicamente, o
estereótipo do português mudou bastante graças a ele.
O pobrezinho, humilde e honrado trabalhador que o
salazarismo exportou, por exemplo, para a França desta final, nada tem a ver
com este perfil aguerrido, seguro de si mesmo (arrogante, é verdade) e de
superação neste mundo mediático e global, no qual Portugal, por vezes, tem medo
de existir.
Exceto na ética de trabalho, herdada de séculos de emigração
lusa. Essa dedicação e profissionalismo que lhe permitiu sair dum pobre bairro madeirense
e ascender no mercantil mundo do futebol.
Ganhe ou não ganhe amanhã, eu guardo a imagem dum homem
comum cujo maior talento foi superar-se naquilo que foram as suas circunstâncias. Um português sem medo de existir.
Cristiano
Ronaldo me fascina. Sociológicamente, el estereotipo del portugués cambió
bastante gracias a él.
El pobre,
humilde y honrado trabajador que el salazarismo exportó, por ejemplo, a la
Francia de esta final, nada tiene que ver con este perfil aguerrido, seguro de sí
mismo (arrogante, é verdad) y de superación en este mundo mediático y global,
en el cual Portugal, por veces, tiene miedo de existir.
Excepto en la
ética de trabajo, herencia de siglos de emigración lusa. Esa dedicación y
profesionalidad que le permitió salir de un pobre barrio de Madeira y ascender
en el mercantil mundo del futbol.
Gane o no gane
mañana, yo guardo la imagen de un hombre común cuyo mayor talento fue superarse
en aquello que fueron sus circunstancias. Un portugués sin miedo de existir.
(Excerto do poema “Ronaldo, o Estrangeirado” de 2014)
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