A vida, neste filme de Kenneth Lonergan, é tão frágil como profunda em aleatoriedade e humor. Eis um belo reflexo da condição de ser-se humano, imperfeito, arruinado na culpa de um erro do passado ou responsável pelo legado, em forma adolescente de vida, de um irmão sempre aí até que o seu coração parasse e mandasse o seu corpo para a câmara funerária frigorífica.
O silêncio incómodo para o outro, é a forma de sobreviver, de chegar ao final arrastando sofrimento em imagens emolduradas de três vidas perdidas nas cinzas...
A noite terminou com o final deste «Manchester by the sea». Nunca a dor e a agonia poderão ser belas para quem as sofre, porém, este filme está repleto de beleza, incómoda, mas tremendamente visível (mesmo em silêncio...).
"Manchester by the sea" (Casey Affleck) |
Sem comentários:
Enviar um comentário