Já há muito tempo que um livro me terminava com ele. A última página, a última crónica, encerra a vida de um dos poetas que mais me fizeram acreditar que a poesia é dos dias e não exclusiva da literatura.
As crónicas são efémeras filhas de Cronos, dizia o Manuel António, estou de acordo, mas esta caducidade não se aplica às suas páginas partilhadas na imprensa portuguesa...
Se eu, simples leitor, sinto a sua falta, imagino o peso da sua ausência junto dos que com ele privaram ou se eram do seu círculo de afectos.
Acredito que enquanto te podermos dizer, aqui estará a tua enorme e humilde obra. Nós rodear-te-emos, aconchegar-nos-emos, como os teus gatos, para quem escrevias por amor e para dar de comer...
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