Não sei se continuarei a tentar mostrar o que me converte, aos olhos de alguns, em artista. Acho que sim, pela necessidade constante de tentar criar. Porém, há no acto de divulgar o que faço e escrevo um enorme desgaste emocional, talvez por não ser um "artista profissional". Ao contrário da minha profissão, neste âmbito a distância do eu não existe.
Esta incerteza não se deve à crítica e ao medo que se tem dela, se assim fosse nem sequer me atrevia a publicar. Sou incapaz de não me comprometer totalmente com o que faço de maneira honesta. E parece-me que, também, seja mais tímido do que aparento aos olhos de outros tantos.
Se a idade me deveria trazer sabedoria? Não sei. Hoje um bom amigo relembrou-me o menino que ainda sou e talvez por isso o que vai cá dentro continua em brasa, sai lento e queima como lava.
sábado, fevereiro 20, 2016
20/II/2016
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