domingo, fevereiro 28, 2016

Rota, Cádiz


Rota, Cádiz, 26/II/2016

A Andaluzia continua a ser para mim um enorme latifúndio desconhecido. O pouco que posso ver em movimento da janela do carro não me conta histórias seculares duma região sofrida como os touros da “afición” e os estereótipos de Osborne não ma resumem. 
Esta região, seca e gretada por rios que apontam a Península para sul, recorda-me imensas paisagens familiares. Geograficamente sei, do meu lado direito, encontrar o Algarve duma cartografia infanto-juvenil e, do meu lado esquerdo, um porto de invencíveis armadas e de piratas à Francis Drake.
Está frio e quase a chover nestes apontamentos. Vou guardar o lápis e o bloco com os bolsos cheios de pedras preciosas avaliadas por um olhar perito de cinco anos numa praia semi-deserta. Vamos procurar abrigo na Biblioteca Rafael Alberti. Tenho alguma esperança de o encontrar e de o apresentar aos meus filhos. Se tal não for possível, deixamos-lhe um abraço.

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