Um dos moços
portugueses levava debaixo do braço
os sapatos
novos.
Foi esse o
que morreu com o tiro.
O guarda pôs
o joelho na terra e disparou.
Quando a mãe
cruzou a fronteira,
só os
rapazes estávamos ali.
Estendeu o
avental e arrepanhou a terra ensanguentada.
Não quero que
fique nada aqui.
(Trad. Luis Leal)
Do seu livro
“Ningún cisne” (1989) em “o pobo da noite” (Manuel Rivas)
“Antoloxía poética”. Edições Xerais, 2º edição, 1997
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