quinta-feira, março 17, 2016

Na minha fome mando eu.

Muito se tem falado no dia de hoje duns quantos hooligans adeptos de um clube da liga holandesa e da humilhação a que submeteram os seus semelhantes na "Plaza del Sol". Não percebo porquê tanta indignação dos media, talvez porque o que se passa com os refugiados na Turquia e Grécia não abra telejornais junto com o mediatismo dos golos duma equipa qualquer.
Nunca esperei nada que melhorasse o mundo por parte destas tribos de bárbaros, muito menos quando assumem o seu estatuto acéfalo em massa sob o efeito de álcool e outros estupefacientes.
A falta de recursos, de igualdade e de oportunidades feita miséria, é já, de raíz, opressão e facilmente se lhe soma a humilhação pública.
Para quem não tem nada, dançar e fazer flexões, ser pontapeado, escarrado, etc. é algo sem importância para a sua condição. A miséria já está instalada para além do estômago e não é qualquer espírito que não sucumbe perante tal adversidade de circunstâncias.
Lembro-me de uma história que contava José Luis Sampedro sobre um jornaleiro andaluz cuja condição de miséria não suplantava a tenacidade de espírito ao enfrentar de estômago vazio a imposição do capataz com um digníssimo:
- Na minha fome mando eu!

3 comentários:

Anónimo disse...

Nada a haver com post, mas por favor podia-me fazer o favor de dizer onde ocorreram as gravações do episódio final do Processo dos Tavóras? Eu gostava de saber para resolver um pequeno impasse familiar. O meu filho diz que as gravações ocorreram em Loures visto que as cenas palacianas foram gravadas lá, mas eu acho que foi numa zona mais "rural" da grande Lisboa ou da Margem Sul. Se soubesse podia-me também informar onde era situada a zona das tendas onde era gravadas as cenas do Rei D.José (António Cordeiro)? Obrigado.

Luis Leal disse...

Foram em Évora. No Convento de S. Bento de Cástris.

Anónimo disse...

Obrigado