III
Walt Whitman
NO seu país de ferro vive o grande velho,
belo como um patriarca, sereno e santo.
Tem na ruga olímpica da sua glabela
algo que impera e vence com nobre encanto.
A sua alma do infinito parece espelho;
são os seus cansados ombros dignos do manto;
e com a harpa lavrada de um carvalho contíguo
como um profeta novo canta o seu canto.
Sacerdote, que alenta sopro divino
anuncia no futuro, tempo melhor.
Diz à águia: «Voa!; «Rema!», ao marinheiro,
e «Trabalha!», ao robusto trabalhador.
Assim vai esse soberbo poeta pelo seu caminho
com seu soberbo rosto de imperador!
[1890]
[Trad. Luis Leal]
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