Há artistas cuja arte é como uma caldeira a lenha dum velho motor a vapor. As suas vidas são a madeira rachada, lascada aos bocados, que o vai mantendo em movimento. A imaginação cria o instrumento, mas para estes pobres artistas sem génio criador é a sua existência o combustível até à extinção, sem possibilidade de se renovar. Para trás fica um rasto detectável só para quem entende de florestas invisíveis abatidas para iluminar desertos desnecessários, inúteis, onde nenhuma água algum dia proliferará.
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