O Dia de Portugal teve, para mim, um verdadeiro sentido de pátria. Não porque tenha nascido nessa “nesga de terra” que me possibilita uma nacionalidade e uma língua materna, mas sim porque pude acompanhar a Sara Rodi na apresentação do seu último livro “O Quanto Amei – Fernando Pessoa e as mulheres da sua vida” na qualidade de amigo.
Poderia mencionar o depurado trabalho e a qualidade literária desta novela, porém é bastante mais agradável destacar o ser humano inspirador e luminoso que encontramos na sua autora. E talvez pátria seja isso, algo mais que uma infância reminescente. Talvez seja reviveres com estima que, quando não encontravas muitos adultos com o teu nome, tiveste o privilégio de o encontrares num Luís, cuja presença em Badajoz, hoje, te fez ter a certeza que pátria não é um país, não é uma língua (peço desculpa ao Padre António Vieira e ao Sr. Pessoa), são os nossos pais.
À parte desta certeza fica outra, a da necessidade deste livro admirável encontrar uma edição em espanhol. Algo me diz que tal será uma realidade e a Sara Rodi voltará com mais tempo para podermos falar de “las mujeres de la vida” de Fernando Pessoa...
(Um pequeno parêntesis, muito obrigado a outro Luis, ao Luis de la Macorra, cujo entusiasmo é gratamente contagiante!)
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