Uma base de guarda-sol, mal situada, tirou-me toda a base de sustentação num segundo, quando o meu filho X tropeçou nela e caiu de barriga em cima do tubo.
Por sorte, a coisa ficou por uma nódoa negra e por uma derrocada minha por dentro, num desses momentos de verdade em que a vida me diz que não sou capaz de os proteger além do incontrolável. É punçante esta noção e, ao contrário dele (capaz ainda de caminhar de olhos fechados por um pensamento mágico, que o leva a tropeçar com o mundo físico) sou incapaz de ignorar estes sinais de que basta uma merda fora do sítio para que o absurdo te arraste para o teu sítio, para o meio do nada, para o seio da ausência de sentido de tudo o que nasce e morre.
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