Com a crise dos combustíveis, com a perenidade do petróleo, as nações tiveram necessidade de encontrar alternativas (algumas com a falsa moralidade da grande economia e da alta finança) e surge a tendência dos biocombustíveis, com um possível Brasil ao leme…
O que não se pensou foi no encarecimento de algo ainda mais importante, que o petróleo e políticas ambientalistas, encareceu-se o preço do que é básico, os cereais, que se reflectem na sociedade em forma de muitas coisas, sendo a mais importante o pão.
O mundo vive tempos de mudança em que a prudência é fundamental, pois é muito importante saber educar para a preservação do ambiente, mas também é necessário matar a fome de um mundo injusto que, na sua condição, é totalmente alheio a teorias ambientalistas.
Hoje a comissária europeia para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Mariann Fischer Boel, reconheceu o impacto que o aumento do preço dos combustíveis tem na actividade agrícola, mas recordou que a Europa está muito dependente de países terceiros nesta área, pois importa grande parte de energia que consome.
A comissária recordou que a União Europeia já avançou algumas medidas para tentar minorar as consequências da subida dos preços dos cereais como a abolição do pousio que vai acrescentar o terreno cultivado em cerca de 10 por cento, o equivalente a uma produção entre 13 e 15 milhões de toneladas.
Não sou a pessoa mais indicada para falar sobre questões técnicas, nem de quotas inerentes à agricultura, daí que pouco posso opinar sobre esta medida, o que me preocupa tem que ver com outra declaração "Não voltaremos a ter os preços baixos de 2006", resultado de várias descidas que não se vão repetir, pelo que entendi. Curioso é que a economia europeia, e mundial, não acompanha os reais preços que continuam demasiado altos.
Sempre soubemos que a fome não é apanágio exclusivo de África, mas, caso não estejamos atentos e cautos, será cada vez mais uma evidência no dito mundo ocidental e na nossa velha Europa.
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