Escrevo para me descrever, para não me esquecer, isso pensava. Tenho esse hábito, hoje já rotina, de grafar o que sou à solta. Na escrita, silencio o que tem um referente fonético por convenção e hábito, hoje já rotina, que nos torna sociais.
Escrevo porque o aprendi. Não esqueço descender de quem lho foi impedido, por isso treino-o como pratico uma forma, um golpe rotineiro. No entanto, quanto mais me escrevo mais tenho a certeza da necessidade de saber ler-me. Isso creio que nunca o aprenderei com rigor, nem de cor.
Numa gritaria nunca sou capaz de isolar uma voz. No trabalho, sem prazer, unicamente necessidade, uso a técnica da sanção colectiva, infelizmente com os pecadores pagam sempre os justos.
Fora desse âmbito, vozes destas são para as evitar. Não te basta já a dor de cabeça de seres de carne e osso?
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