A noite surda range nas molas desse colchão esquecido das temporadas suadas de Verão e agasalhadas de Inverno. Põe-se o poema a jeito, sem ruído, tímido, mas extrovertido para a edição da caneta no lençol branco. Na surdez da noite, descobre-se aflito, a gesticular, o menino de voz estridente e um presente indecente para a pureza duma infância.
A noite surda, o suor de não se ouvir o grito. As mãos apoiadas, acordadas em pânico, o coração órgão acelerado, e os olhos diferentes, cheios de passado indiferente ao sufoco de não saber onde é que está.
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