Deixei o rescaldo da fronteira ardida em casa e rumo ao sul de Portugal.
O vento transporta o cheiro a queimado por quilómetros e, sem saber, chegamos ao nosso destino também a arder. As cinzas no ar povoam esta terra dedicada a turistas e o fumo veste o pôr-do-sol para um momento trágico. A serra de Monchique arde descontroladamente.
Há alguns anos que não venho ao Algarve, o que me unia a esta região morreu e o pouco que me resta não me faz priorizar visitas nem veraneios como os de antanho. Sem mágoa, olho para trás como olho para este fogo, deixo que se extinga e aceito o horizonte a ocultar-me a beleza dos dias de sol nesta região.
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