Indiretamente, hoje tive notícias dum velho amigo, um
desses amigos cuja importância fora tanta que esta pessoa, aqui a registar o
seu ser e estar, seguramente não seria a mesma.
Criámo-nos juntos num pátio do bairro do "Moinho do
Cu Torto", "aka" Nossa Senhora do Carmo.
Num mundo onde já não há distâncias, ambos
distanciámo-nos em vidas adultas desligadas. Cada qual à sua maneira e sem
animosidades, apenas com a realidade que as redes sociais do mundo digital
ofuscam ao colectivo. Perdemos a cumplicidade e provámos que a amizade também
poder ser perfectiva sem necessidade de ruturas. Apesar de eu a querer mais que
perfeita e contínua… deixámo-nos de seguir.
Há que fazer por isso? Talvez. Há que aceitar essa
perfectividade? Por vezes. Quando no presente te cruzas com esse passado, custa
a lembrança? Por vezes. Como é que lidas com isso? Acreditando que em qualquer
tempo, estimar um amigo é das maiores riquezas que levaremos desta terra para
os sete palmos abaixo de terra que nos esperam.
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