Miguel Delibes dizia qualquer coisa como que era como uma árvore transplantada e lançava raízes à terra que o acolhia. Talvez também assim seja no meu caso. Sinto que fui transplantado várias vezes e mal sentia a humidade da terra, as minhas raízes esforçavam-se em ir em direcção à nescente. Senti sede mas sempre a fui matando com golinhos de água.
Hoje, aqui sentado em «Nairobi», ainda identifico alguns restos ocultos no chão que acolheu a Primavera. Desaparecerão, como eu, mas, por enquanto, ainda me ajudam a não esquecer as terras que levo impregnadas em mim.
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