ALBERTO DE LACERDA
DIOTIMA
És linda como haver Morte
depois da morte dos dias.
Solene timbre do fundo
de outra idade se liberta
nos teus lábios, nos teus gestos.
Quem te criou destruiu
qualquer coisa para sempre,
ó aguda até à luz
sombra do céu sobre a terra,
libertadora mulher,
amor pressago e terrível,
primavera, primavera!
Alberto de Lacerda, '77 Poems', Londres, George Allen & Urwin, 1955.
fotografia © Fundação Mário Soares
Sophia de Mello Breyner.
Dedicatória: «Para o Alberto da muito amiga
Sophia
'Luminosos os dias abolidos
quando o meio-dia inclinou a sombra das colunas'
Évora Templo de Diana
Out. 1954.»
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