Não posso emocionar-me e não posso beber três cañas. É a conclusão a que chego.
Talvez as cañas só confirmem, com álcool, a emoção que me desperta todos os sentidos e me traz a noite branca.
Hoje, confessava a amigos que no último ano sentia como que fosse invadido por sentimentos antes ignorados ou não reconhecidos. «É uma etapa da vida», dizia o Javier e assentia o Adolfo, com quem vivi uma intensa tarde de Abril, ao assistirmos a uma conferência de uma sobrevivente de Auschwitz, no CPR de Badajoz, e ao ouvirmos os versos desgarradores de Maria do Rosário Pedreira, na Aula de Poesía Díez-Canedo, logo a seguir.
Pode a poesia salvar-nos? Acredito que sim. Porém, a mim, nestes últimos tempos, anda a passar-me facturas nocturnas uma qualquer fragilidade à qual não devo misturar outros estimulantes, poesia incluida, correndo o risco de chegar à exaustão.
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