Há uns tempos, o X, o meu filho mais novo, desde a sua perspectiva dos cinco anos, disse-nos que tinha uma voz dentro da cabeça.
Tanto eu como a E., a sua māe, ficámos atentos pois nestas idades (ainda mais no seu caso que está a ser criado em dois duas realidades culturais e linguísticas tão semelhantes, porém essencialmente diferentes) pode ser indicativo de coisas a ter em conta no seu desenvolvimento psicológico e cognitivo. Felizmente, após aprofundarmos um pouco a conversa com ele, ficámos descansados.
O X. é uma criança normalíssima, cujo sorriso é uma das principais características, tal como a teimosia e as cantorias em qualquer hora do dia. Nesse dia em que nos falou de tal voz apenas nomeou, pela primera vez, uma abstração silenciosa: o seu pensamento.
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